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ÁNGEL INFESTAS GIL se abstuvo de abordar dos problemas de la sociedad portuguesa que estaban condicionando cualquier solución posterior: el régimen y la guerra colonial18. Por su formación política y religiosa, no pudieron evitar que sus análisis sociales estuvieran marcados por la propia ideología ante la ausencia de una producción sociológica sistemáti ca y contrastable teórica y metodológicamente (Pinto, 2004: 15). Sin embargo, también es preciso reconocer con Barreto la apertura inte lectual e, incluso, ideológica del director de la revista en esa época: “É preciso ver que, nessa época, o conteúdo da Análise Social era pensado pelo Adérito. Era ele que encomendava os artigos a pes- soas em concreto, pessoas que ele escolhia para escrever sobre este ou aquele assunto. Nesse número e nos seguintes, vemos hoje quepublica- ram, por exemplo,o Nuno Portas, o Carlos Portas, oJoáo Salgueiro, o RogérioMartins, o Pereira de Moura, oMário Murteira e o Castro Cal das. Havia ali gente que vai ser liberal, social-democrata, socialista, comunista e de extrema-esquerda. Sao alguns dosprincipáis dentistas ou políticos de todos os quadrantes, que se viráo a revelar na acgáo mais tarde”(Barreto, 2011: 416). A finales de la década, la revista vivió una crisis que Sedas Nu- nes atribuye a un doble factor. Por una parte, se encuentra lo que él denomina ‘urna entrada infeliz na arena política’, al referirse a un amplio artículo, publicado conjuntamente con Miller Guerra, en 18 Esta autocensura no se limitaba únicamente a los temas a tratar, sino que el mismo lenguaje era objeto de control político: “É preciso ter presente que vínhamos de tempos, dos quais só muito lentamente estávamos a sair, em que a Censura cor- tava sistemáticamente a palavra «estruturas»; vínhamos de tempos em que «salários» era tema amaldi^oado e intocável e em que muito mais o era «sindicatos»; e ainda entrávamos em tempos em que a palavra proibida seria «estudantes» (Sedas Nunes, 1988: 26). Pero no solo era autocensura. En los momentos finales de la dictadura la revista y el mismo GIS fueron estrechamente vigilados por las autoridades: “Urna vez criado o GIS, veio depois a ideia de criar o Instituto, até porque o GIS era de urna precariedade enorme, nunca se sabia se ia continuar ou nao, por todas as razóes e mais urna, inclusive a da questáo política, porque o GIS estava debaixo de olho! Ainda me lembro de haver urna visita de pides, a inspeccionarem o espa^o- zinho que nos tinha sido cedido no ISCEF para nos reunirmos e trabalharmos. Foi tudo espiolhado...” (Santos, 2011, 542) 420 NAT. GRACIA LIX 3/septiembre-diciembre, 2012, 383-432, ISSN: 0470-3790
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