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ÁNGEL INFESTAS GIL sino que se parecía demasiado a una especie de militancia vocacio- nal. Por otra parte, el ámbito institucional donde actuaban les llevó a adoptar actitudes cautelosas que se manifestaban en la autocensura y autojustificación de sus estudios y publicaciones, conduciéndoles, indirectamente, a profundizar en los fundamentos epistemológicos y metodológicos de su aproximación a las realidades sociales16. Una tercera característica, derivada de la diversa formación académica de los miembros del grupo, en todo caso, siempre ajena a la sociología, fue la interdisciplinariedad que les libró del ‘acantonamiento en mo nismos paradigmáticos y teóricos” (Almeida, 1992: 188). En 1966 ingresaron nuevos miembros en el GIS, que ya no com partían plenamente ni los orígenes ideológicos e institucionales de los iniciadores ni su situación profesional, ya que todos ellos eran becarios de la Fundagáo Gulbenkian. Este nuevo grupo, conocido como ‘os Bolseiros de Sociologia da Fundagáo Gulbenkian’17empezó a funcionar, de hecho, en paralelo con el grupo inicial, contestando la autocensura que imponían a sus publicaciones y sin reconocer se miembros del GIS. “Os membros do Grupo de Bolseiros nao se reconheciam membros do GIS, nem queriam ter nada a ver com o 16 “Marco importante desse período constituí o surgimento da revista Análise Social (1963), um projecto de um grupo de investigadores, quase todos identificados com o progressismo católico, movido pelos ideáis de desenvolvimento económico baseado no progresso e na justiga social. Sabendo que, para o regime, a sociologia nao passava de um ‘socialismo disfamado’, este grupo foi levando táo longe quanto era possível o estudo da realidade social portuguesa, investindo no rigor analítico e no elevado nivel de exigencia teórica e metodológica para contrapor á realista con te n g o temática” (Hespanha, 1996: 6). 17 “Seriam os que iriam fazer pesquisa no GIS, trabalhar para o GIS, e nao só produzir artigos para Análise Social. Aten^áo, este só nao tem nada de pejorativo... foi fundamental a prestado de todos aqueles colaboradores que integraram a Aná lise Social nos seus primeiros tempos. Deram a conhecer a revista... eram pessoas de grande mérito e que trabalhavam com urna abertura e independencia que nao eram habituais naquela altura. Quanto ao grupo de bolseiros, éramos uns 6: eu, a Eduarda Cruzeiro, o José Carlos Ferreira de Almeida, o David Miranda, a Fátima Bívar (Maria Velho da Costa). Depois váo entrando mais pessoas. O Joáo Ferreira de Almeida, o Madureira Pinto... há urna série deles que váo entrando...” (Santos, 2011, 540). 418 NAT. GRACIA LIX 3/septiembre-diciembre, 2012, 383-432, ISSN: 0470-3790
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