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5 2 M . G A R C IA CABERO g en c ia y a p a rie n c ia , v iv e en esa n o s ta lg ia de p le n itu d que se le o fre c e siem p re com o h o rizo n te . Y , m á s co n c re tam en te , desde el p u n to de v is ta p s ic o a n a lític o el deseo es aq u e l p o lo de l c o n flic t o d e fe n sivo que tiende , in co n sc ie n tem en te , a la re a liz a c ió n de u n a s a tis fa c c ió n de la c u a l co n s e rv a u n a e xp e rie n c ia ag rad ab le . E l mo­ v im ie n to del deseo se hace siem p re en o rd en a re p e tir u n p rece ­ dente e fe cto s a tis fa c to rio . 2 ) Características del deseo. S i se lee lo que a cab am o s de es­ c r ib ir con de ten ción , se c o n c lu ir á que la om n ip o te n c ia es u n a de las c a ra c te rís tic a s fu n d am e n ta le s de l deseo. F re u d h a e stu d iad o am p liam e n te el t e m a 31. E n re a lid a d , no e xiste p ro y e c to h um an o que no se re a lice b a jo el in f lu jo de la m e g a lom an ía del deseo. T am ­ b ié n hem os h a b lad o de su p e rten e n c ia a l campo de lo inconsciente (s e d iscu te s i en su to ta lid a d ). C o n se cu e n c ia de esto es su irracio­ nalidad e ilogicidad (q u iz á s fuese m e jo r e s c r ib ir arracionalidad y alogicidad). O tra c a ra c t e rís t ic a c u a lific a n te es su necesidad de los demás , p a ra su re a liz a c ió n . D espués de esta e xp lic a c ió n , podem o s e n t ra r con paso m ás f ir ­ me en la cu e stió n que nos o cu p a : La ilu s ió n no es m ás que el efec­ to s a tis fa c t o rio de u n deseo. L a ilu s ió n re lig io s a se rá la s a tis fa c ­ c ió n que el c reyen te e n cu e n tra en este m u n d o de c re e n c ia s y re ­ p re se n ta c io n e s que se ha fo rja d o en e l deseo de de fende rse de las fu e rz a s de la n a tu ra le z a , de la e n fe rm ed ad y de la m ue rte , y de la a g re siv id a d de lo s dem ás hom b re s. 3 ) La culpabilidad. L a se rie de cu e stio n e s que su g ie re la con ­ c lu s ió n que a cab am o s de e s c r ib ir se hace in n um e ra b le . Q u izás la p rim e ra y fu n d am e n to de tod a s g ire en to rn o al temor. ¿ C u á l es s u o rig e n y cóm o se e x p lic a su p e rm a n e n c ia en el p s iq u ism o h u ­ m an o ? Y a q u í se h a ría n e c e s a rio a b r ir un p a ré n te sis so b re el m ito de l p ro to p a d re que F re u d d e s a rro lla tan am p liam e n te en Tótem y tabú. No lo h a rem o s, p e ro s í q u e rem o s que se tenga p resen te. E n tram o s a s í en el tema del c om p le jo p a te rn o y en e l p ro b lem a de la s im b ó lic a de la p a te rn id a d , a que a lu d irem o s m ás adelan te . P o r ah o ra ba ste re c o rd a r la h ip ó te s is fre u d ia n a de que la s itu a ­ c ió n p re h is tó ric a c o le c t iv a 32 se re p ite aná logam en te a n iv e l in d i­ 31. Cf. Tótem y tabú, 551-565. 32. No se nos escapa la crítica de Malinowski a las afirmaciones freudianas. Este autor las reduce a tres puntos: defectos por basarse en un hecho prehu- mano; no se puede hablar de la conciencia moral de los animales; no tiene fun­ damento suponer la existencia de un alma colectiva (cf. R. D albiez, El método psicoanalítico y la doctrina freudiana, trad. H. Meyer, Buenos Aires 1948, 329 ss.).