PS_NyG_1962v009n001p0017_0034

2 8 EL QUEHACER F IL O SO F IC O sia d o la p r á c t i c a d e la v id a— , e s tá s ie m p r e o r ie n ta d o h a c ia a lg u n a p a r tic u la r id a d » u . ¿De q u é n a t u r a l e z a es e s a p a r tic ip a c ió n e n la to ta lid a d ? S i d e s o r ­ b ita m o s e l c o n c e p to d e filo s o fa y e n te n d e m o s p o r t a l c u a lq u ie r c la s e d e p a r tic ip a c ió n ú ltim a e n lo re a l, r e s u l t a r á q u e la filo s o fía s e r á la s u m e rs ió n e x t á ti c a d e l s e n tim i e n to c om o la c o n te m p la c ió n p u r a y te o r é tic a , y te rm in a r e m o s p o r n o s a b e r q u é e s filo s o fía . P o r eso c re o q u e se im p o n e la n e c e s id a d d e a s c r ib ir d e c id id a m e n te la o c u p a c ió n f ilo s ó fic a a l o r d e n d e l c o n o c im ie n to . H a y , in d u d a b le m e n te p a r t i c i p a ­ c io n e s e n e l n ú c le o d e l s e r d e lo r e a l q u e so n d is t in ta s d e l c o n o c i­ m ie n to y qu e, p o s ib lem e n te , s u p e r a n a l m ism o c o n o c im ie n to , c o n lo c u a l te n d r í a m o s q u e la filo s o fía n o e r a la m á s i n m e d ia ta p a r t i c i p a ­ c ió n h u m a n a e n lo e s e n c ia l. No n o s im p o r ta , n i te n e m o s in te n c ió n d e c o lo c a r a l filó so fo e n e l m á s a lto d e lo s p e d e s ta le s . Lo q u e in te r e s a e s s a lv a r lo p r im e r o qu e n o s i n te r e s a p o n e r a s a lv o : q u e e l filó so fo e s u n s e r c o g n o s c e n te . E n e s te s e n tid o m e tó d ic o to d a filo s o fía es i n te le c tu a lis t a , a u n q u e lu e g o r e s u lta s e q u e n o to d o lo r e a l c a ía d el la d o de la filo so fía . E s ta d o c t r i n a s c h e le r ia n a c o in c id e c o n l a q u e s u s t e n t a O r te g a c u a n d o d ic e : «L a f ilo s o f ía n o es, p u e s , m á s q u e u n a a c tiv id a d de c o n o c im ie n to te o ré tic o , u n a t e o r í a d e l U n iv e rs o ... L a f ilo s o fía n o es e l U n iv e rso , n o es n i s iq u ie r a e l t r a t o in m e d ia to c o n e l U n iv e rso q u e lla m a m o s «vivir». No v am o s a v iv ir la s c o s a s, s in o s im ­ p le m e n te a te o riz a r la s , a c o n te m p la r la s . Y c o n te m p la r u n a c o s a im ­ p lic a m a n te n e r s e f u e r a d e ella» 13. P o r e s o a ñ a d e q u e s i im a g in a m o s u n s is te m a filo só fic o c om o e l d e P lo tin o o B e rg s o n , q u e m e d ia n te c o n c e p to s n o s d e m u e s t r a n s e r el v e r d a d e r o c o n o c im ie n to u n é x ta s is d e la c o n c ie n c ia e n q u e q u e d a n s u p e r a d o s lo s lím ite s d e lo c o n c e p tu a l, p a r a to m a r d e o t r a f o rm a c o n ­ t a c to c o n lo r e a l, s in la m e d ia c ió n d e l c o n c e p to , d ir ía m o s q u e s o n f ilo ­ s o f ía s e n t a n t o p r u e b a n la n e c e s id a d d e l é x ta s is c o n m e d io s n o e x t á ­ tic o s, e s d e c ir, c o n m e d io s c o n c e p tu a le s . E n c u a lq u ie r a d e e so s c a so s n o se d e s p r e n d e r ía q u e la f ilo s o fía n o f u e r a e s e n c ia lm e n te c o n o c í- c im ie n to ,, s in o q u e el filó so fo , a l f in a l d e su c a r r e r a , t e n d r í a e l d e b e r d e re c o n o c e r q u e e x is tía u n m o d o d e p a r t i c i p a r e n lo e s e n c ia l d e lo r e a l m á s a llá d e l m o d o filo só fic o . P e r o r e a liz a r e se m o d o u ltr a c o n c e p - t u a l y a n o s e r ia filo so fía . C on c ie r to m a l h u m o r c ie r r a S c h e le r el a s u n to c o n e s ta s p a l a b r a s : «El q u e , p o r lo t a n to , q u ie r a s u s t r a e r s e a e s e in te le c tu a lis m o f o rm a l d e la filo so fía , n o s a b e lo q u e q u ie re . S e le p o d r ía a c u s a r d e h a b e r e r r a d o su v o c a c ió n : n o tie n e n in g ú n d e r e c h o 12. Simiimül, P ro b lem a s fu n d a m e n ta le s d e la filo so fía , M adrid, 1946. pp. 15-16. 1S. Ortega, Q u é es filo so fia , p. 1,25.