NG200403013
characters, in the Malabar language for the instruction of Parruas, one whereof I keep by me to this day (…). So that I have met with some of the Parruas who spoke as good Portuguese as they do at Lisbon» (cap. XVIII, p. 631) 17 . E mais adiante, ao falar dos Parruas e de Tuticorim: «They generally speak Portuguese and are an active fort of people» (cap. XLVIII, p. 717) 18 . O PORTUGUÊS CRIOULIZADO Ainda hoje é marcante a presença do português nas línguas orientais. Assim, uns 155 termos ficaram na língua malaia, «a quase totalidade das palavras de procedência europeia, cabendo ao holandês, língua do povo dominador, uma parte mínima e ao inglês uma parte insignificante» (David Lopes, p. 78 e seguintes) 19 . A 650 HERCULANO ALVES 17 Sobre a evangelização dos Parruas por S. Francisco Xavier, será interessante referir o testemunho de Baldaeus, que tentou, com o português Almeida, levá-los para o calvinismo, sem êxito (cap. XXI, p.645). E afirma, a propósito, não sem um tom azedo e «anti-paista»: «In the year 1661, I was ordered to take a journey from Tuticorin to Coulang to visit the churches allong the sea-shore and endeavour to introduce the Reformation there; but my endeavours proved ineffectual by reason of the great number of popish priests yet remaining in the country». Seguidamente, queixa-se de que, apesar de falar em português, não conseguiu atrair ninguém para o calvinismo. É então que narra também o insucesso do nosso português Almeida naquelas paragens, onde chegou depois de Baldaeus ( O.c ., 648). 18 E afirma que o português é mais importante para as missões calvinistas nessa região do que o holandês: «It is beyond all dispute that the Low Dutch tongue is not so proper to propagate our Religion there as the Malabar and Portuguese; and frequently, that the ministers of the Gospel sent into these parts should rather apply themselves to these languages than to impose their own upon the new converts» ( O.c. , 793). 19 Sobre a influência do português nas línguas do Oriente, ver por exemplo, F OKKER , O elemento português na língua malaia , Revista Lusitana, 1903-1904, VIII, p. 1-4; G ONÇALVES V IANA , Vocabulário malaio derivado do português , ibidem, p. 4-28; Mons. Sebastião Rudolfo D ALGADO , Influência do vocabulário português em línguas Asiáticas (Lisboa 1913); ID., Glossário Luso-Asiático (Coimbra 1919), (A-L, 1919; M- Z, ib., 1921) . Esta é uma obra essencial para compreender a mestiçagem do português com outras línguas do Oriente. Para isso, o vol. II apresenta-nos um Índice de termos e um Apêndice. Sobre Mons. Dalgado, ver Fernando V. P EIXOTO DA FONSECA , A Influência do português nas línguas estrangeiras, em A Bem da Língua
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