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§. tract. 6. cap. gs Tratado I. do I, Maridatnento! Re, laYe naé remedeye, fem. que feja necefario, e nad a podendo confeguir, me vali defta mu- lher feiticeira , a qual me enfinou hum fei- tico, de que ufei para a confeguir. C. Deixo o examedo peccado deshonefto para o fexto. Mandamento,, e fomente fallo, aqui do feitiga, E aindaque rara vez fucce- derd que feiticeiro procure a confiflad; nad obftante,, pode fucceder, e he precifo. faber- fe o como fe deve haver o Confeflor com os taes; e he nefta forma. _ C. Diga-me; v.m. confeffou jd effe peccado? P. ad., Padre. aK _ C. Iffo he o que commummente fuccede a pefloas fenielhantes, pois o primeiro pacto que fazem com o demonio, he, que j4 mais hadde confeffar efta culpa, enganando-as com dizer , que fe fe confeflaé , o Confeffor as ha- de delatar aos Inquifidores , e as haGde quei- mar. Pelo quelhes deve o Confeflor explicar, e fignificar o apertado figillo da confifla6 , e que elle nad. as péde accufar a0 Tribunal: e quando prégar ( principalmente nas Miflo- ens?) deve tambem encarecer muito o rigor, com que os Confeflores efta6 obrigados.a gu- atdar fegredo.nas coufas da confiflad , nad {6- mente para remedio defte genero de peffoas, mas tambem pata Outras muitas, que por ver- gonha fe naé atrevem a confeflar feus pec: cados. t Otay es Ts C. E teve y.m. outro fim em ufar deffes feitigos mais, que o confeguir effa mu- ther 3 OPI ey IE To Cie) © elo gann P. i NoG; Padre... Saini’ . C, Ordinariamente fe coftuma fazer com fegundas intengoens, ¢ algumas vezes renun- ciando a Fé Catholica, com pactos com os demonios : pelo que he neceflario inquirir , e perguntar, que animo teveem fe fazer fei- ticeiro, E tambem importa inguirir., em que tempo, ou com-que circunftancias fe deixou enganar deftas falfidades: porque como: fe> melhantes peffoas ¢ principalmente mulherés) fe}a0 inconftantes no que:dizem , para as pio+ der.con y @ mover a.que | ni fuas culpas importa muito ofazer-lhes ftas perguntas » came adverte Layman tows. 1. fee. }. wuico meme. IB, 37. C. E deny e!pena, que tenhd. (05 gos! C. A malicia defle pecea configo alguma efpecie de defefp que quandp fe entregad femelhan ao demonio, fe perfuadem osqueas dad, que _a8 fuas almas j4 nad tem remedio. Mas por iffo na6 tem v.m. que fe affligir ; porque he de Fé, que todo o inferno naé péde refittir a huma boa confifla6, e nad ha peccado, nem circunftancia delle taé enorme , que com él- Fomy I. e wo £7 _ euldade para fazer effes maleficios?, em \as_ como entende o vulgo , tirar, a cedula das maos do demonio; o que na6 he neceflario, porque perdoado o peccado coma confiflaé , nao ha que temer de todas as cedulas do in- ferno. PB ts Aindaque he certo , que @ demonio ¢o-+ ftuma dar muita batefia com fugeftoens in- | teriores , ¢ muitas vezes apparecendo-lhes vifivelmente », iene perfuadira feme- lhantes almas, que j4 na6 tem remedio , po- is ellas fe puzera6 nas fuas maos voluntaria- mente : ao que fe deve oppor o Confeffor, ponderando a infinita mifericordia de Deos, | que empenhou afua palavra, dizendo : que em qualquer hora, que o peccador arrepen- dido ihe pedir perdaG de fuas culpas , o dard benigna, e piedofamente, e fe eiquecerd de. todos os feus peccados. "‘Tambem importard applicar-lhes algumas devotas Imagens, ou ~ Reéliquias Santas, O final da Cruz, agua ben- ta , e invocar os Santos , paraque o demonio feja afugentado daquella alma ; como adver- te Layman no lugar citado m. 18.§. Sed quia. _ 38 C. Creo v. m. alguma coufa conira a Fé? V. g. que Deos: na6 era todo poderofo , Ou gue o demonio tinha mayor poder, ou. = ~ que efte na6 eftaria condenado, pois tinha-fa- P. Sim, Padre,tudo cri. -- > . Cy Pois éffe era acto formal de’ herefia : E manifeftou-o v.m. c6 acgoens, ou palavras? _ P.Na6, Padre. — ¢ 21g 13! - C. Nefles termos foy effa herefia pura- mente ‘interna: a qual, como fica dito, na6 he refervada , nem pela tal fe incorte‘em cen+ fra, ou excommunhad, E renegou v. m. dé Chrifto Senhor N. de fua May Santiffima,e de outrosSantesf on - P. Sim, Padre , de Chrifto:;e d s Santos : Le lle: naG meatreviafazello. — | €. Effe he peccado de blasfemia, Defeja ‘v.m. agora, € quer reunirfe outra vez a Igre- ja, como membro feu , eabjura tudo o que creo contra noffa fanta F629) 64 Oo», Sains ® 3 ¢ Sa a a ms ae . PL. Sim, Padre, comtodo:o meu Sa -» Q.ocE teve alguma yez algum acceffo.def= _ honefto:com odemonio , que f¢ ihe moftrow te ente de muller? | 21 aa . (Sim , Padre, huma vez) ©) 5 ©) ~@.) Bile: peccado he contra naturam,© contraa virtude da Religiad: © jeg 39 E deualguma vez culto, ou venera- gad ao demonio ? hes P. Sim, Padre, todas as veges, que hiamos aos conciliabulos. ae. sabe . C. Ecria v. m. queéodemonio tinha di- vindade verdadeira , ou que era digno de fer adorado ? Fr P, Nad, Padre. — B3 C, Se

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