BCCPAM0001175-6-1200000000000
‘teafiaé pode fer proxima para huns, e para ou- tros nad ; porque huns faG mais fragis que ou- tros: huns mais , e outros menos viciofos: hans refiftem mais , ajudados do temor de Deos . outros refiftem menos , levados da {ua “payxad. _ Supponho 4. Que oconcubinato , toman- do-fe rigorofamente , be buma frequente, e tofu reincidencia com.amefina peffoa , que _ efidem cafa , afando dellacamo fe foffe marido , emuiber. E elte concubinato ter efpe- _¢ie de adulterio , fe hum dos ddus for cafado: fe forem parentes, ferd tambem incefto : ¢ fendo folteiros , ferd fimplez fornicagaé , co- mo diz Torrecilia fobre o Decalogo tom. 2. hib.p. cap. 1. dub. 9.0. i.e 2, _--271 Digo 1. Oconcubinario hade fer-o- ‘brigado pelo Confeffor a langar féra a concu- bina’, aindaque efta feja muito util paraofew regalo , e afliftencia ; e aindaque naé lhe feja facil achar outta criada , que o firva bem, nem _ The faga os manjares ta6 bem feitos : ea opi- _ nia6 , que diz o contrario, eft4 condenada ne- fta Propofigad: e com juftiffima razaé ; por- que o r galo, ¢ a affiftencia do concubinario na6 he baftante para fazer involuntariaa ocea- fiad proxima. A outra raza6 he; porquea tal‘o~ piniad era muito éfcandalofa , e occafionada a. _ gtaves inconvenientes, porque hum homem apayxonado da fua' concupifcencia julgaria , nee {6 a fua concubina tinha habilidade para the _ Caufariad faftio : e aflim para evitar ta6 grande’ eegueira, e tantos inconvenientes, fe con- _ denacom muita razaé efta Propofigad.. 272 Digo 2. Que naé deve fer abfolutoo penitente, na6 {6 quando tema occafiad den- tro em cafa, mas ainda quando a tem féra c6_ _ @ entrada facil pata peccar fem impedimento, - ¢omo diz Joaé Sanches in Seieé#. difp. 10.0.2. _ Bifto fe deve entender na6 {6 quando ha pe- Tigo de peccar por obra confumada, mas ta- _ bem quando ha perigo de peccar por penfa- _ thentos , tactos , ou outros peccados : porque _ aoccafiad proxima he aquella , em g ha peti- _ go moral de peccar: e aflim importa pouco - que a occafiaé efteja em cafa, ou fora della, ou que o peccado feja defta, on da quella efpe- _ cie, para affirmar , que havendo perigo moral _abfolver ag. penitente , que na6 fe aparta da _ @6cafiad , ou efta feja em cafa , ou fora della ; Oli os peccados feja6 de penfamento, palavra, ree obra , ou outra efpecie de culpas , e pec- _ Cados. / oi _ 273 Daqui fe infere 1. Que naé deve fer _abfoluto o concubinario , nem a concubina, _ que na6 fe aparta6 da occafia6 , por dizer ella, ee tia , que Ihe empreftou , mem os feus fal- ee pare Th mr de peccar, efteja o Confeffor obrigado anad_ ra ee RE es ee +} PeloSummo Pontifice AléxandréVIE ity larios: Nem tambem oque temacoficubina em cafa, ou a vifita féra, por dizer, que ferg notado, fe a langar fora, ou fe d na Vilite, ef tando fora de cafa. Nem tambeim os:mocgos, ou mocas, que todas as yezes, Qu fe ajuntad em bailes , jogos , e ourras coufds;comettem peccados graves , fe naé tiverenr fitmiffimos propofitos de fe apartarem os taes Concurfos; A raza6 he 3) porque‘na6.-pdde fer abfoluto quem nao tem propofité de a partar-fe do pecs cado , e do perigo moral deipeccar : atqué — neftes concurfos ha :perigo moral‘de peccar ?_ logo o que na6 tem propofito de apartar-fede — femelhantes concurfos de bailes ; jogs e’paf- fatempos., que {a6 perigo moral ide péccar , na6 pode fer abfoluto,, © 8 ‘Tambem na6 hade fer abfoluto aquelle} que por ter a:concubina em cafa, ou por vilis talla fora, caufa efcandalo, fe nadalanga fé- ra, ou defifte de a vifitar na cafa aonde ella eftd.. Tambem na6 deve'fer abfoluto o énfer- | mo, que conferva em cafa'a concubina com o mefmo efcandalo ; e pelo perigo;/em que ef- td, de que convalefcetido , continuatd com o mefmo trato , tornandoao vomito! da culpa; como bem diz Lumbier fobre efta Propoficad tom. 2. num. 820. . rOvAnL Olle Ig 5274 Infere-fe 2. Que ogueeftiemoccas izar bem as iguarias , etodas as mais Ihe — fia6 duvidofa de peccar ; ifto he , que duvida fe a tal occafiaé he perigo moral da‘culpa, — eftd obrigadoa apartar-fe- della, como com — outros diz Leandro do Sacramento nap. 1. tr. 4. difp. 7:\q.33. Tambem nad deve ler abfo- luta a mulher , que por ter cafa de eftalegem , _ Ou outra qualquer cafa de/povo, vive.eny peri- - falla’ ue fe fair de cafa , nad.poderd cobrar alguma, tavel dino: /ed fic a : 2 I gavel eet ° oar do feu-regalo : g0 proximo de peccar , fe na6 deixarefta oce cupagad Faiatedde daixila fon notavel dino, ou efcandalo:'e o mefmo digo; fenaé defpes de a criada , ou criadas, que afervend, eque — por fervitem nefte minifterio, eftad em occa- fia proxima de peccar’cam os hofpedes: e tambem nad pédems fer dbfoluras as‘mefmas ctiadas, que na6 fe apartad de femelhantes ca- fas , podendo apartar-fe em grave dano feu. Leandro ibidem q. 55.9.2 nny a75 Digo 3. dae -efta condenaga6 na6 falla com a occafiad involuntaria ; nem fe cons dena‘aqui 6 dizer,’ q péde fer abfoluto aquel- — le, que vive em occafiad involuntariade pec — ‘car: A razad he ; porque a Ptopofigad conde- nada dizia, 4 podia fer abfoluto o concubina- fio , G fad langava fora a. concubina , por fer ~ éfta muito util para o feu regalo: fed fic eff a. © ferpitil para o regalo nao faz fer a occafia invol@ntaria : logo a Propofigaé cGdenadanaG — la Occafiad involuntaria, A menorte — prova ; porque a occafiaé involuntatia he — aquella , de que fe naé péde fugir fem no- eff; que n46 he dino no- logo.
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NDA3MTIz