BCCPAM0001175-6-1200000000000
‘ _— cages % 4 a gees gsé _Trulo XVII, Das Pr opofigoens Condiadas ‘padé-haoutro caminho para a defeza : Sed fic ef, que nefte cafo ha outro caminho paraa defeza, como he obrigat por julti¢a ao calum- miador , que publicamente fe retrate, ou con- vencello de falfo., mentirofo , e maldizente: ” logo o.matar nefte cafo nad ferd com o mode- ramen da tutela inculpada, Verdade he, que - aindaque:na6 feria licito matar ao que com effeito publica os taes delictos;, comtudo, e- fte cafo nad he condenado na Propoficaé 17; porque efta falla {6.do calumniador, que ame- aga, ou eft4 determinado a infamar ; ¢ a outra opiniad nad falla,do que {6 ameaca, ou eftd determinado a infamar , fenad do'que com ef- feito infama , que he coufa muito diverfa. 116 Digo 3. Queefta condenagaé naé fal- Ta cgm’o Clerigo ordenado {6,de prima Ton- - fura, que’na6 «raz 0 habito Clerical, ¢ coroa , nem eftd ad{crito pelo Bifpo,-ou pelo feu Vi- -gario ao fervico de alguma Igreja, nem refi- de.em, alguma Univerlidade , ou Seminario, — como em via para receber as Ordens mayores. -A raza6-he; porque o,tonfurado , que na6 tem -asditas condigoens, nad goza do privilegio .do Foro’, como confta do Concilio Tridenti- no feff.23. cap.6. Barbofa hi n.21,. Logofe no fayoravel , em que pode hayer extenfad,, nad fe entende em nome de ‘Clerigo o que nad ‘tem eftas condigoens, muito menos fe exten- .derd-2o odiofo, que he o. que efté condenado -\nefta| Propofigad. Porém aindaque ifto aflim ~ feja, nem poriffo, the ferd licito,matar ao ca- ~ Jumniador , que ameaga, ou eftd determinado -ainfamallo , nem,aindaque com effeito o in- _ fame ; pois pode: por outro. caminho,obviar o .dano , e defender 0 feu credito.; como fica di- -to naconclufad.antecedente. ©» Daqui fe infere, que aindaque efta conde- cag na6 falla com os feculares, fenad com os Religiofos, e Clerigos, como fe, vé clara- mente, comtudo, nad ferd licito'ao fecular -matar o calumniador., que 0 ameaga, ou eftd -determinado a publicar contra elle alguma in- famia; nem ao que com effeitoa publica, pois ‘péde,como fica dito,obviaro dano da fua infa- - mia. Veja-fe o q fe dizna1.p.tr.10.4,124.€ 122. co 127. Digo 4. Que aindaque feja peccado mortal matar ao calumniador, que ameaga, ou eft4 determmado a _publicar alguns, delictos graves, ou calumniat com elles ao Religiofo, ou ao.Clerigo, ou publicallos em prefenga de -peftoas muito, graves; comtudo, poderia al- gum difcorrer, que neft Decreto.de Alexan- dre VII. {6 fe condena efta Propofigad como ‘peccado venial : porque a Propoficaé conde- nada dizia, que ifto era licito, Jicitum eft. Sed Jic eff, que-o que affirma , que he peccado ve- nial, nad diz, que he licito: logo parece que podia, caber na interpretagad-defta Propoficad © dizer , que.em vittude della {6 feria. pecca- Cu ; ‘ vetlial. o matar ao calumniador fo. to. Porémo contrario fe hade dizer; em virtude da’ cotidenagad he peccado matar.ao calumniador -nefte cafo; Propoficgoens condenaé-fe conférme tia, que contém, como fe pdde ver fr.10.2.121. @ 122. Logo: fendo o mat tia grave, hade dizer-fe, que como ta dena 0 cafo defta Propofigas.. 4 -PROPOSIC,AM XVII. | . Helicito matar aofalfo accufadore tefts nhas falfas , e tambem ao Fuis , do qualed mente ue teme fentenca injufia, fe o inn nad péde evitar efte damno por outro ca Condenada. ! gi Pa - 118 Supponho, como coufa certa, licito matar ao falfo accufador., teftem falfas, nem ao Juiz, de quem fe tem mente huma fentenga injufta, quando. _ tar, ha outro meyo para obviar eftes. que fe temem , porque fe houver outr para.adefenfa , faltard no. homicidio ramen da defenfa inculpavel. . Suppon “Que, quando na6 fe teme certamenteg _ Juiz hade dar fentenga iniqua ; pois (6fim peita, ou temer provavel, ou imaginadt 0 Juiz dara fentenga injufta ,tambem _licito o matallo ; porque, a vida de hi _ mem he de muito aprego,e nad fe --metter homicidio {6 por huma conje _ fufpeita, ainda provavel , de que dara ff “ gainguita, ose) nat onc: ae oy Acmayor difficuldade he, quando | mente fe teme huma fentenga injufta, hal _do.precedido alguma falfa accufagad, e de Mentos mentirofos, fem que haja outro am -paraadefenfa, fenad o matar ao occufadd _ teftemunhas,e Juiz; fe ferd nefte cafo licite _ matar? A razaGede duvidar he ; porque _cito matar ad qne me tira a fazenda , fama, _ Nida:, quando. na6tenho.outro, recurfo, n - Outro meyo para me defender, fena6.o matar - dogo fallando elpeculativamente, parece 4 14 icito. o,.matar ao falfo,accufador,as munhas falfas;;¢'a0 Juiz,.de.quem fe tem tamente a fentenga injufta, quando nadh tuo caminho,\.nem ‘outro meyo- para adel . 119) Comtudo, digo, fer.coufa cett indubitavel , que nad he licito matar ao accufador , teftemunhas falfas, nem: a0; de.quem certamente fe teme,afentenga fta, aindaque na6, haja outro. meyo para fenfa-, fenad o matar : €: o contrario efta) denado como improvavel, praticamen fo, ¢ efcandalofo. nefta Propofigad. A he; porque aindaque o direito natur mitte licenga a-qualquer para defender z vida, fama, e bens, quando o aggreflor jufto , comtudo, hade fer por meyos pro cionados, e comedidos : Sed fires , que 0 : Aa
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NDA3MTIz