BCCPAM0001175-6-1200000000000

ne 0 Confeffor eftd obrigado’ a impor peni- _ + tencia fia confilla , medindo-a quanto puder __ ¢om.a qualidade das culpas do penitente , co- mo diz o Concilio Tridentino fe 14. cap. 8. __ Verdade he . que em alguns cafos fe efcufaé os Confeflores quando impoem penitencias __ leves por culpas graves ; como quando o pe- _ nitente eft4 para morrer,, impoflibilitado para __ cumprir a penitencia, ou quando hade ga- nhar algum Jubileo , ou Indulgencia plenaria; ov quando fe confefla c6 tanta dor, e lagrimas de arrependimento , que feja baftante para __ purgart tambem o reato da pena, e em outros ; cafos femelhantes. 98 Supponho 4. Queo penitente eftd o- brigado a acceitar, € cumprir a penitencia, ve lhe for impofta pelo Confeffor , fendo ju- ft. Bonacina tom. 1. de Sacram. difp. 5. q. 3. puntl, 4.n.1. ¢ com Santo Thomés , Scoto, - Richardo, Soares, Valenga, Coninch, Lay- - sman, ¢ outros, Barbofa in Colle. ad Trid fupr. .eap.8. cit. Porg feria fruftranea a obrigaca6,q 0 Céfeflor tem de impor penitencia, fe o penité- te nao tivefle obrigaga6 de a cumprir. Daqui fe infere , que pecca gravemente o penitente, que nad cumpre a penitencia , que lhe he im- pofta pelo Confeffor , fendo coufa grave. Bo- nacina ibi n. 4.) Aindaque na6 peccaria mor- talmente em deixar de a cumprir, fendo pe- nitencia leve, e impofta por peccados veniaes. 99 Digor. Quenad helicitoao peniten- i te por fua propria authoridade fubftituir‘ou- tro, que cumpra por elle a penitencia, que lhe -foy impofta pelo Confeflor: e o contrario e- fté condenado nefta Propofigaé 15. & com «muita raza6 fe declara efta opiniad porimpro- -vavel 3 porque o cumprir a penitencia he acto -_ sefpectivo ao Sacramento, como parte inte- nte: logo naé pdde o penitente ter facul- _ dade para encomendar a outro o que no Sa- _ ¢tamento lhe foy aelle encomendado. Ra 100° Digo 2. Que naé fecondena odizer, K ue o penitente péde cumprir por outro fub- ee utc a penitencia, com authoridade, e li- cencga do Confeffor. Affim otem Torrecilla . - fobre efta Pro pofigaé mum.g. e Filgueira fobre a mefma fol.178.§. In bac. O que bem feguio - _. Santo Thomds, S. Boaventura, Durtando,e outros citados por Filgueira. E a raza6 de na6 __eftar efta opiniad c6denada, he; porg a opiniad _ condenada dizia, que o penitente podia de -_-fua propria avthoridade fubftituir outro, que por elle cumpriffe a penitencia: Sed fic ef, gue a nofla opiniad na6 diz , que o penitente 9 péde fazer de fua authoridade propria, fe- _ na6com authoridade do Confeflor : logo naé RY com licenga do Confeflor fubftituir outro, © ‘que cumpra por elle a penitencia. . Ps os Bigo 3. Que tambem na6é fe conde- oe art. 1 ae. . - na @opiniad , que diz fer licito ao penitente, por fua authoridade propria commutar a pe- witencia, que lhe impoz o Confeflor em ou- tra coufa igual,ou melhor. Torrecilla ibidem n.16/A razad he; porque a opiniad conde- nddafallave de cumprir a penitencia por fub- ftituto: atgui a nofla naé falla deffle cafo, fe- na6 de cumprir o penitente outra igual, ou methor, em que elle mefmo cémuta a que lhe foy impofta pelo Confeflor : logo na6 fica condenado o dizer, que péde o penitente, por fua propria authoridade , commutar a nitencia em outra coufa igual , ou melhor, Porém aindaque efta opiniaé na6 efteja con- denada, na6 me conférmo com ella , fenad com acontraria, a qual tem Sanches im Sum. tom. 1. lib. 4. cap. 11. 2.36. Porque o commu- tar a penitencia he acto de juritdicgad Sacra- mental : logo na6 o péde fazer o penitente de fua ‘propria authoridade. ae 102 Digo 4. Que naé fe condefa a opi- nia6, que Leandro do Sa¢famento julga por provavel part.r. tr.5. di/p.9.q.91. aqual diz, que'o penitente , que por fi mefmo naé péde cumprir.a penitencia, péde por fua propria authoridade fubrogar outro, que a cump' -porele. Porque o penitente impoflibilitado para cumprir- a penitencia naé tem obrigagad dea cumprir: logo: poderd fem culpa deixar de a comprir.+Atqui he melhor cumprit @ penitencia por outro, do que deixar dea cumprit : logo poderd nefte cafo cumprir por outro a penitencia. Aindaque fe. pode cum- prir outra penitencia , e na6 aque lhe foy im- pofta, deve recorrer o penitente ao Confeffor -paraque lha commute; e nefte cafo foude _ fentir, que nad poderd fatisfazer cumprindo a’penitencia poroutroterceiro. | -- 103 Digos. Que fe ao penitente lhe foy mandado por penitencia , que défle alguma efmola, cumprird., fe a der por terceira pef- foa ; ifto he, dando a efmola ao filho.,ou cria- do ,ou a outro, paraque efte a dé ao pobre. Porque em realidade efte cumpre por fia pe- nitencia , aindaque naé.dé immediatamente a e{mola ao pobre; e tambem porque ‘a mente do Confeffor , que lhe manda dar efmola na6 he que o penitente a dé pela fua ma6, fena6 que a dé dos feus bens: Sed /ic eff, que ifto fe verifica dando elle a efmola por ma6 do ou- tro : logo cumprird com ifto. Limita-fe a nof- faconclufaé , quando o Confeffor , por algum motivo jufto,mandaffe expreflamente ao peni- tente ,g elle mefmo immediatamente déffea PROPOSIC,AM.XVI. 7 Os que tem Beneficio Curado, pédem eleger pa- efmola; porque nefte cafo naé cumpriria , fe 3 _adéffe por terceira pefloa. OER Cee fica condenado o dizer, queo penitente pode - — ‘ PeloSantiffimo Padre Alexandfe VII. | 183 ww C. fimples Sacer dote. nab ra Confeffor ao fmples Sas ae eee Ee en Sep-

RkJQdWJsaXNoZXIy NDA3MTIz