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O massacre de Alto Alegre 79 era unicamente por amor a Deus. Sua doçura, sua humildade, o amor que a todos enlevava, o tinham tornado amável para com todos. A sua vida santa, o seu zelo pela conversão dos selvagens proclamavam-no um ver- dadeiro apóstolo. Verdadeiro filho de São Francisco, obrigado pelos votos sagrados, guardou-os sempre dignamente. Ele era modelo de obediência, a sua pobreza era seráfica, e angelical a sua castidade. E vendo-o sempre no altar quando celebrava a Santa Missa, poder-se-ia dizer que era um serafim descido do Céu. Aos seus funerais acorreram os habitantes de todos os ar- redores. Então não mais se fazia distinção entre raça e religião. Europeus, indígenas, civilizados e não civilizados, cristãos e pagãos se confundiam numa só voz: “Perdemos um santo, perdemos o nosso Grande Pai.” O seu túmulo era visitado quotidianamente por grande número de pessoas, e era sempre molhado de lágrimas, e toda vez uma prece era elevada para que do Céu ele os protegesse e abençoasse no áspero caminho da vida. Oh! Sim, ínclito mártir da caridade cristã! Ó ínclito apóstolo de Jesus Cristo, agora que estás na glória, agora que recebeste o prêmio de tantas virtudes, agora que estás diante de Deus que tanto amaste, volta uma vez mais o olhar sobre mim, para que, imitando as tuas virtudes, possa eu também um dia ser teu inseparável companheiro por toda a eternidade.
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