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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Capítulo III UM PRIMEIRO ASSALTO D OIS ANOS ERAM JÁ PASSADOS desde o dia da inauguração da colônia de Alto alegre. Deus havia abençoado as fadigas dos missionários, e nada tinha acontecido que lhes ofuscasse a paz. Mas, poderia continuar assim aquele oásis das selvas? O Inimi- go, que sob a forma de serpente entrou no Paraíso terrestre e com a tentação induziu os nossos pais a prevaricar, prevaricação que foi a causa de todos os nossos males, poderia permanecer indiferente à obra dos missionários que tiravam do seu poder tantas almas para oferecê-las a Deus? Não, isto não se poderia esperar: a tentação é necessária para provar os homens justos, e Deus permitiu que o Demônio tentasse não apenas perturbar a paz, mas também destruir toda a obra dos missionários. Era uma noite de junho. O calor do dia extenuara as forças de todos os trabalhadores, e todos procuravam repouso. Espalhados em pe- quenos grupos, eles se estiram na grama macia, a discutir sobre os fatos da jornada e o futuro da nova colônia. Com o pôr do sol, uma fresca viração sopra da mata, trazendo nas asas os perfumes das flores que se dispersam pelos canteiros. Todos se sentem aliviados, e quase se esquecem das fadigas suportadas no correr do dia. O sino da igreja toca a Ave-Maria. Todos se

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