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42 Pe. Bartolameo da Monza Assim continuou até o ano de 1870. Foi naquele ano que um padre capuchinho, o reverendo padre Giuseppe Maria da Loro, foi nomeado diretor das tribos selvagens. Eis o que desse padre diz um dos mais encarni- çados inimigos das nossas missões capuchinhas, o senhor Francisco de Melo Albuquerque: “Este missionário pensava em organizar a colônia chamada Dois Braços, perto das aldeias. Para tanto, reuniu naquela localidade todas as famílias dos selvagens que já se haviam separado do núcleo. Esse capu- chinho governou os selvagens com rara inteligência e sagacidade: obrigou todos a trabalhar e a fazer grandes roças, com grande sucesso; proibiu que entrassem estranhos na colônia; e vigiava tudo por intermédio de guardas que ele mesmo escolhia entre os selvagens de sua confiança.” E eu posso aduzir, por informações obtidas no lugar, que ele distribuía as horas do dia entre trabalho e instrução religiosa e civil, e que, depois de pouco tempo no meio deles, acabaram a libertinagem, a crápula, e outros desregramentos; a antiga preguiça e indolência foi substituída pela diligência e atividade, de modo que, em mais de uma ocasião, foram os selvagens dirigidos pelo zeloso missionário capuchinho que salvaram a cidade de Barra do Corda dos efeitos Vista geral de Barra do Corda

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