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34 Pe. Bartolameo da Monza populosas e refinadas e o embrutecido habitante das selvas. Todos têm uma alma a salvar, todos foram redimidos com o preciosíssimo sangue de Jesus Cristo. Ninguém foi excluído, portanto todos devem ouvir a voz dAquele que é caminho, verdade e vida, e essa voz hão de ouvi-la pela boca dos enviados do Senhor. Eis o porquê da universalidade e perpetuidade da missão da Igreja. Eis a razão por que, na Igreja, sempre se acharão valo- rosos missionários que, novos apóstolos, tudo abandonarão para pe- netrarem em selvas virgens com o só fim de reclamarem almas para a fé, e assim lhes abrir as portas da eterna felicidade. Eis por que ainda hoje se faz ouvir tão fortemente a voz de Jesus Cristo, que diz: “Ide pelo mundo inteiro, pregai o Evangelho a todas as criaturas.” E por isso a história da Igreja é a história das suas missões. A fundação da colônia de Alto Alegre pelos padres capuchi- nhos da Província de São Carlos da Lombardia, o subsequente mas- sacre dos mission á rios, das Irmãs Terciárias Capuchinhas, de seus colonos, e sua total destrui ção, é mais uma prova da continuidade da missão confiada por Jesus Cristo aos seus apóstolos e à sua Igreja. Eu, então, escrevo estas linhas com amor de filho que de- seja honrar a sua Mãe, a Santa Igreja. Escrevo com o amor de um irmão que deseja rememorar os sacrifícios e a morte de irmãos e ir- mãs em São Francisco, ouvindo a notícia de cuja morte exclamou o pontífice Leão XIII : “Eis as primícias dos mártires do século XX ”. O que descreverei nestas páginas é a morte de humildes mas intrépidos religiosos capuchinhos que, obedecendo à voz de Jesus Cristo que os chamava ao apostolado, à vida missionária, separaram-se de seus amados parentes e irmãos de religião, e deixaram a pátria querida para penetrar nas selvas virgens e inexploradas do Brasil e viver no meio de tribos selvagens, com o fim único de converter almas a Cris- to e salvá-las. É a morte de humildes esposas de Jesus Cristo, que,