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186 Pe. Bartolameo da Monza Comove, de fato, lembrar a grande ansiedade que o levava ao convento para exercer o angélico ministério de assistir e ajudar às santas missas. Di- versas vezes aconteceu que, acordando durante a noite e pensando que já era manhã, corria à igreja somente para ouvir o toque de despertar que chamava os religiosos para, em coro, recitarem as matinas. É que ele já invejava a sorte de quem tinha o privilégio de passar horas em companhia de Jesus, a recitar os seus louvores. Desejoso de participar de privilégio tão especial, não voltava mais para casa, mas passava horas à porta da igreja, esperando a manhã, a fim de entrar no templo do Senhor e unir a sua voz à dos religiosos em oração. Com a idade de 14 anos, recolheu-se, qual flor receosa da tem- pestade, no Colégio Seráfico de Sovere, para depois passar para o noviciado dos capuchinhos, como clérigo. 17 Mas o Senhor não o queria sacerdote e, sim, irmão leigo. Um vasto campo já estava preparado para os seus suores, onde depois ele alcançaria o seu ideal: à morte pelo martírio. Por mais que se esforçasse, ele não conseguia aplicar-se aos estudos. Prejudicava-se na saúde, enquanto as obras manuais lhe davam força e robustez. Não podendo continuar estudando, não quis deixar o convento, mas ficou em Sovere, esperando o alistamento militar, para depois entrar no noviciado, na qualidade de leigo, tendo vestido o hábito no dia 25 de abril de 1892. Durante o noviciado, foi exemplo de toda bela virtude, da exata observân- cia da disciplina regular, e das pequenas práticas externas que ajudam a conservar o espírito santamente recolhido. No dia 11 de maio de 1893, fez a primeira profissão simples. Os superiores não esperaram que fizesse a profissão solene para secundarem os seus mais ardentes desejos. Eles já conheciam sua virtude e o sabiam maduro para, em companhia de outros irmãos, poder partir para a Missão, o que fez em novembro de 1894. Os votos solenes ele os professou no campo de seus suores, no Maranhão, a 27 de julho de 1896. Mandado pelo Padre Carlo a fundar a Colônia de São José da Providência, em Alto Alegre, com os padres Celso, Rinaldo e Vittore, logo se percebeu 17 Na Itália, são chamados clérigos não aqueles que receberam todas as ordens sacras, mas os membros de ordens ou congregações religiosas que, após o noviciado, prosseguem na carreira para se tornarem sacerdotes, diferentemente dos irmãos leigos, cuja forma- ção termina com a profissão dos votos de pobreza, castidade e obediência. (N. T.).

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