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O massacre de Alto Alegre  181 de Deus e da Igreja.” É impossível descrever o bem que padre Zaccaria fez naquelas incursões, as almas que arrancou à perdição, os laços diabólicos que desfez. Oh, quantas almas estão agora na glória, pelo ministério exer- cido pelo padre Zaccaria! Ele era o apóstolo dos abandonados. Logo a sua abnegação foi reconhecida, à indiferença sucedeu a admiração, à admira- ção a acolhida, e as pessoas o proclamavam o Padre Santo, enquanto ele se considerava um pobre pecador, um servo inútil. Alma tão bela, ornada de tantas sublimes virtudes, que com tan- ta abnegação zelava pela glória do Senhor e pela salvação das almas, não devia ficar sem a recompensa ardentemente desejada. Ele anelava o martí- rio, e foi mártir, e mereceu morrer aos pés de Jesus. Tendo chegado a Barra do Corda depois de uma das suas apostóli- cas viagens, visto que aos outros dons ele somava o de mecânico, foi enviado a Alto Alegre para lá colocar um sino e permanecer por uns dias. Obtida a licença do superior local, no dia 12 de março, antes do nascer do sol e após celebrar a santa missa, se pôs em viagem para Alto Alegre, onde chegou a noite avançada. No dia seguinte, às cinco da manhã, padre Zaccaria está no altar, é atingido por uma bala de fuzil e cai com o rosto no chão. O seu sacrifício estava consumado, e os anjos, com palmas e coroas, acompanharam sua alma ao Paraíso.

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