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176 Pe. Bartolameo da Monza Francisco, para depois seguir-lhes o exemplo, fazendo-se um dia missioná- rio de Cristo. Achando-se o capuchinho padre Isaja em Lavagna, para a pre- gação, Francesco Panigada se apresentou a ele, pedindo para ser recebido na Ordem. Mas ao seu desejo obstava uma coisa: o alistamento militar. Restava-lhe a certeza moral de que o seu noviciado teria que ser inter- rompido: o jovem do Instituto Villoresi decidiu esperar e entrou para a caserna. E como era de segunda categoria, o seu serviço foi breve. Na- quele tempo, ele mandava as suas impressões ao padre Isaja, e este lhe respondia que o tempo do seu apostolado já havia chegado, pois ele o inaugurava na própria caserna em meio aos camaradas. De fato, sem ser um peso para ninguém, ele difundia ao seu redor um espírito que lhe va- leu a estima e a veneração de todos, tendo sido muito o mal que impediu e o bem que operou. De volta aos seus, Francesco manifestou-lhes a resolução to- mada: de uma milícia, desejava passar para outra, ou seja, para a milícia seráfica, escolhendo ingressar na Ordem dos capuchinhos. Grandes, in- sistentes, foram as oposições que encontrou, mas ele soube superar tudo com firmeza e, no dia 13 de maio de 1887, alistou-se entre os noviços capuchinhos, vestindo o hábito clerical com as lãs de São Francisco, e recebendo o nome de Frei Rinaldo. Com tanta diligência e fervor trans- correu o ano de seu noviciado, que, no dia 14 de maio de 1888, foi ad- mitido por unanimidade de votos à profissão simples, fazendo depois a solene, no dia 21 de maio de 1891. Assim renunciando inteiramente ao mundo, dedicou-se todo a cultivar-se no plano espiritual e nas ciências, com o propósito de se tornar um digno ministro do Senhor. Homem de grande perspicácia, prudência e zelo, visava sempre à prática: ainda estudante, ensaiava sua futura homilia, no refeitório, diante da família religiosa, e mostrava sempre grande ardor no falar e grande facilidade em descer à prática, provando ter entendido bem o espírito de São Francisco, que exorta os pregadores a falar dos vícios e das virtudes, da pena e da glória, e também o espírito de São Paulo, que pregava a Jesus Crucifica- do, fazendo perceber, com isso, que um dia seria um grande apóstolo e pregoeiro do Evangelho.

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