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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Capítulo XII O M. R. PADRE CARLO VISITA O LUGAR DO MASSACRE. TRASLADO DAS RELÍQUIAS. N O DIA 22 DE ABRIL, depois da ocupação de Alto Alegre pelo coronel Pinto, feita de modo a fazer supor como verdadeiras as instruções que se disse ter ele recebido do Governo, “não atacar os selvagens, porque eles naturalmente voltariam aos seus aldeamentos e à vida normal”, não obstante a magnitude do atentado e a iniquidade de tantos delitos come- tidos a sangue-frio contra pessoas desarmadas, chegou a Barra do Corda o m. reverendo padre Carlo, em companhia do deputado tenente-coronel Fortunato Fialho. O m. reverendo padre Carlo, como delegado da Barra do Corda, levava consigo o decreto no qual a Barra do Corda era elevada a cidade de primeira ordem. Mas oh, como sangrava o seu coração! Ele levava mais outro decreto: a ordem do Governo Estadual que mandava destruir o pouco que ficava da obra de suas mãos e que tanto suor lhe havia custado. O Governo ordenava o fechamento do instituto dos selvagens que se achava na própria Barra do Corda. O Governo não quis se deixar convencer de que o movente do massacre de Alto Alegre e de todos os delitos cometidos nos seus arredores fora a perversidade dos selvagens e o desejo de rapina posta em prática

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