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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Capítulo XI O CORONEL PINTO OCUPA ALTO ALEGRE O S DIAS TRANSCORRIAM longos e tristes na Barra do Corda. As suas forças, já repelidas duas vezes pelos selvagens, não ousavam mais aventurar-se nas matas. Até os mais corajosos consideravam impossível qualquer nova investida, sem a ajuda e o socorro das tropas regulares. Sa- bia-se que os selvagens, depois das referidas vitórias, haviam aumentado em número e ampliado seu círculo de influência. Durante a noite de 20 de março, chegou à Barra do Corda o tenente-coronel Pedro José Pinto, com ordens positivas de reanimar os habitantes de Barra do Corda e os padres missionários. Mas nunca se soube que intenções específicas ele tinha para repelir os bandos selvagens, que estavam aguerridos sob todos os aspectos, com planos bem combinados, e à frente dos quais se achavam numerosos índios já civilizados, que se con- fundiam com os cristãos, pelos usos, pela língua e pelos costumes. É certo que nenhuma medida enérgica foi tomada para fazer frente a tantos deli- tos que tinham ensopado o solo brasileiro de tanto sangue inocente, que nenhuma barreira foi oposta ao vandalismo que destruía completamente uma zona tão importante do interior do Brasil. Diversas entidades civis haviam telegrafado ao Governo, deixando claro, mais que a luz do dia, que

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