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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Capítulo X CONTINUA O MASSACRE. A MAÇONARIA SE REGOZIJA. OS SELVAGENS SÃO ABSOLVIDOS. FESTEJOS. O FOGO NÃO SE EXTINGUE com o fogo, a chama devastadora continua sempre o seu trabalho de destruição, cegamente, e com furor se lança sobre tudo o que encontra, contra tudo investe, tudo reduz a cinzas, e se apaga apenas quando já não mais encontra matéria combustível. É assim a sede de sangue: não se apaga com o sangue; antes, a presença de sangue a acentua, a estimula, torna-a mais insaciável, e grita “mais, mais, mais”. Se isso se constata com os povos civilizados, o que será entre os po- vos selvagens, habituados à barbárie e à carnificina? A primeira casa que assaltaram depois do massacre de Alto Ale- gre foi a propriedade do coronel Raimundo Ferreira de Melo, na localidade chamada Novo Mundo. O coronel pretendia dar uma festa de família, e se achava na Barra do Corda para as necessárias provisões. Alguns hóspedes tinham já chegado. O alfaiate Francisco Xavier de Meneses estava prepa- rando roupas e vestidos. O vaqueiro Raimundo da Costa chegava para receber ordens, uma criada colocava ordem na casa, alguns trabalhadores de ganho diário estavam em ação, lavradores e roceiros se faziam presentes,
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