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144 Pe. Bartolameo da Monza ofereceu o dinheiro, não soube responder, perguntado pelo lugar onde se achava, respondeu “nas selvas!” Durante o processo, perguntado onde se encontravam as meninas cristãs que estavam no convento na ocasião do massacre, o Caboré respon- deu que todas tinham sido mortas pelos índios Miguel, Maximiliano e Bernardo, à exceção de uma pequena, que depois foi achada pelas forças do Governo e levada à Barra. Esta é a pequena Úrsula (Processo, p. 53). Clementino Comprido depôs que, das meninas, quatro tinham ficado com o Ca- boré, duas com José Olímpio, uma com Francisco Preguiça e outra com Serafim (Processo, p. 32). Genoveva Pereira depôs que as meninas foram todas massacradas, à exceção apenas de Úrsula (Processo, p. 42). Nomes dos padres massacrados: 1. Padre Zaccaria da Malegno, 40 anos de idade natural, 18 de religião, 7 de apostolado; 2. Padre Rinaldo da Paullo, ex-superior regular, 37 anos de idade natural, 14 de religião, 7 de apostolado; 3. Padre Vittore da Bergamo, 29 anos de idade natural, 12 de religião, 5 de apostolado; 4. Fra Salvatore Albino, 29 anos de idade natural, 9 anos de religião. Religiosas: 1. Irmã Eleonora da Sant’Antonio – Tassone da Peveragno; 2. Irmã Agnese da San Carlo – Colombo da Rovagnate; 3. Irmã Maria da San Lorenzo – d’Agnino da Vol- tri; 4. Irmã Benedetta da San Luigi – Isetta da Arenzano; 5. Irmã Eufemia da San Giovanni – Macchello da Daglio; 6. Irmã Natalina da San Giuseppe – Parodi da Voltri; 7. Irmã Anna da San Carlo – Maranhense. Serviçais: 1. Pedro de Paulo; 2. Dona Carlota Bezerra, velha senhora, viúva, havia cinco anos prestava serviço voluntário e era toda dedicada à educação dos selvagens. Meninas: As sete já mencionadas, e mais outras de quem, na confusão, não se guardou o nome. – Dedicados à colônia: Nesse dia foram massacrados mais de cinquenta. – Cristãos das redondezas: Estes foram calculados mais de duzentos, como se verá no capítulo seguinte. selvagens. Mas, salve, ó virgens santas! Salve, mártires de Cristo! Salve, vós, novas Ineses, que ao pecado preferistes a morte! À desonra, o martírio! Todas preferiram morrer a ofender o candor virginal! Úrsula, pela sua tenra idade, foi esquecida pelos selvagens, e as- sim escapou da carnificina. Poucos dias depois, foi salva e levada à Barra do Corda. Ela morreu no dia 10 de abril de 1907. Eu mesmo a assisti e acompanhei seus restos mortais ao cemitério.
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