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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Capítulo IX O MASSACRE A O LADO DA CIVILIZAÇÃO CRISTÃ, que domina a raça conquis- tadora do Brasil, vive e se desenvolve a civilização das raças indígenas cheias de dramas sanguinolentos e de ferozes barbáries. Esses fatos sanguinários são, em si mesmos, tão horríveis e tão cruéis, que não faltaram estadistas, os quais, desesperando de eliminá-los, pensaram que o único remédio seria aniquilar as tribos selvagens com sucessivos morticínios e ocupar suas ter- ras, as mais férteis do Brasil. A esse princípio, a esses estadistas sempre se opôs a religião do amor, a Religião de Cristo, que também nos selvagens vê irmãos, vê almas redimidas com o sangue preciosíssimo de um Deus feito homem. Por esta santa religião, todos os homens são irmãos, todos são imagem de Deus, todos sua semelhança, sobre todos está esculpida a luz de seu divino rosto. E essa imagem, essa semelhança, essa luz, devem ser respeitadas. Se essa imagem, essa semelhança, essa luz são aviltadas, obscu- recidas pela lama do paganismo, pela idolatria, pelos vícios e pela corrup- ção, não há razão para que seja destruída, mas é apenas uma razão para que seja redimida e devolvida a sua antiga beleza. Eis o porquê do apostolado católico; eis o porquê da vocação do missionário; eis por que Jesus Cristo disse: “Ide e anunciai o meu Evangelho a todas as minhas criaturas”, eis

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