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136 Pe. Bartolameo da Monza Passavam-se os meses. A Missão progredia sempre no campo espiritual e no desenvolvimento material. Algumas vozes chegavam aos ou- vidos dos missionários sobre futuros projetos, sobre o afastamento da tribo do Caboré, das suas intenções de vingança, etc., etc. Mas os missionários, ou não as levavam em conta, ou as desacreditavam. A fidelidade aparente de todas as outras tribos lhes dava ânimo e se esperava que o próprio Ca- boré logo recuperasse o juízo. Os religiosos não suspeitavam de nenhum atentado ou conspiração. João Caboré entra em Alto Alegre e anuncia uma grande festa. Convoca a todos. Na noite de 12 de março de 1901, começam a chegar aos poucos os maiorais das tribos. A festa noturna começa, dura toda a noite. Cometem-se as maiores abominações. Na manhã do dia de 13 de março de 1901, capuchinhos, freiras e cristãos são massacrados. O Caboré grita vitória e celebra sua vingança em ondas de sangue. Os caciques, por algum tempo senhores de Alto Alegre, satisfazem a própria cupidez. O vício triunfa, os selvagens continuam uma vida de iniquidades, uma vida de paganismo. As almas das vítimas inocentes, as almas dos capuchinhos, das religiosas e dos cristãos, voaram para o Céu para receber a coroa do martírio.

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