BCCCAP00000000000000000001766

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Capítulo VI CRENÇAS RELIGIOSAS DOS SELVAGENS. SEUS COSTUMES. O HOMEM, CRIATURA DE DEUS, adora o seu Criador, confessa-o e lhe presta o devido culto. Mas o homem desobedece ao mandamento da lei e peca, e com o pecado vem a corrupção e a concupiscência. Deus por sua bondade revela-se ao homem, e o homem ajudado pela graça procura voltar e reconciliar-se com seu Criador. Essa correspondência de Deus com o homem e do homem com Deus conserva no homem o sentimento de sua queda e da sua possível reabilitação à amizade e ao amor de seu Criador. O homem multiplica-se, povoa a Terra, acaricia suas paixões, fomenta seus vícios, abusa de sua liberdade, deseja desculpar seus desvios, justificar suas maldades. Criado para a verdade, conhecida pela revelação, por sua própria natureza e pela tradição de seus ancestrais, o erro não pode nem subjugá-lo nem dominá-lo completamente. A ideia de umDeus Cria- dor não se pode apagar. A lei da natureza não muda: a verdade pode ser velada, pode ser mascarada, a malícia do homem pode corrompê-la. Con- tudo, até nas maiores e humilhantes aberrações da mente humana, sempre fica uma fraca claridade da verdade primeira: eis por que, no paganismo, em meio aos maiores absurdos, se acham pensamentos belos e elevados. E estes são a maior prova da queda do homem de seu estado primeiro.

RkJQdWJsaXNoZXIy NDA3MTIz