BCCCAP00000000000000000001366
surgem os maiores conflitos. Partimos do princípio que o religioso em particular e as comunidades em geral querem viver em plenitude a sua gra~a baptismal de comunháo de vida e querem integrar-se, portanto, no mistério profundo da lgreja. A integra~áo no Corpo da lgreja desperta no cora~áo de todo o baptizado a ansia apostólica que é urna dimensáo essencial do ser cristáo. Essa dimensáo torna-se mais viva e premente naqueles que sáo chamados a "seguir Jesus Cristo 'mais de perto' e a fazer d'Ele o 'todo' da sua existencia. Na suavoca~áo, portanto, está incluído o dever de se dedicarem totalmente a Missáo" 135 • Aqui devemos evitar um equívoco. A índole própria da vida religiosa exige que ao responder a necessidade apostólica da lgreja Universal se considerem alguns limites dentro da sua disponibilidade universal. Que queremos dizer quando falamos em limite? A entrada livre e amadurecida num IVC qualquer, de acordo com um chamamento espe– cial do Espírito, está imediatamente unida a adop~áo de um estilo de vida e de um tipo de actividade determinadas "desde dentro" precisamente por essa chamada do Espírito. De facto, "por inspira~áo divina", S. Francisco teve a percep<;áo de que devia dar relevo a um determinado valor evangélico -a fraternidade, a ora<;áo, a menoridade...- porque era a maneira de dar resposta a determinadas necessidades, concretas e náo abstractas, da Igreja do tempo. E assim acontece com qualquer outro fundador. Depois, toda a vida religiosa que daí derivou, mais todo o movimento franciscano e toda a busca de comunháo viva coma vontade do Pai, andam a volta desse núcleo carismático fundamental. Daí que os nossos compromissos apostólicos, se quisermos responder com generosidade a essa exigencia primordial do Espírito, estejam fortemente condicionados por esta linha fundamental que é o fim específico da nossa Ordem. Isto, como muitas vezes se ouve dizer e daí a tenta~áo de derrubar 135 ve 12 142
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NDA3MTIz