BCCCAP00000000000000000001366

todos sáo chamados, e a sua índole essencialmente escatológica' por meio da vida religiosa 121 • Existe urna profunda e estreita analogía entre a Igreja e o mistério do Verbo encarnado. Em Jesus Cristo, o histórico era sinal do teológico; e o humano era sinal e instrumento vivo da sua divindade. De igual modo na lgreja, o institucional é sinal e media~áo do carismático; e o jurídico, sinal e expressáo do teológico. Tanto Cristo como o Espírito estáo na origem da Igreja. A lgreja é o fruto de urna dupla missáo: a de Cristo e a do Espírito. A lgreja náo é só Carpo de Cristo, mas também Templo do Espírito Santo. O Espírito Santomora nela e actua nela como um pentecostes permanente, enchendo– a do seu poder e renovando-a sem cessar e chamando-a a proclamar o Senhorio de Cristo para a glória de Deus Pai. Esta estrutura da Igreja, aomesmo tempo cristológicae pneumatológica, confere-lhe "a sua natureza sacramental que transcende absolutamente os limites de qualquer perspectiva simplemente sociológica" 122 • O Concilio vaticano 11, que foi justamente qualificado como o Concílio da lgreja, ofereceu-nos urna eclesiologia verdadeiramente integradora destas duas dimensóes cristológica e pneumatológica, des– tacando o conceito de comunháo e de missáo. A essa eclesiologia se refere o "motu proprio" "Mutuae Relationes" na parte primeira em que expóe os "princípio sobre os quais se fundam as rela~óes" entre Bispos e religiosos. Ao falar dos fundamentos dessa comunháo "comunháo organica" entre todos os membros do povo de Deus, refere que, Pastores, Leigos e Religiosos, "beneficiamda natureza sacramental da Igreja" 123 e, continua dizendo, "precisamente porque o Espírito Santo é o Espírito do Senhor Jesus Cristo, que elevado a direita de Deus 124 derramou sobre os seus discípulos o Espírito prometido pelo 121 LG 43-44... 122 MR 3 123 n. 4 124 Act 2, 33 138

RkJQdWJsaXNoZXIy NDA3MTIz