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estampou em 1616 o seguinte que nos apraz transcrever: C'est cette Diuine passion [ o amor de Deus]... qui fait passer entre tant de hazards... cette multitude de ... Capuccins ... en Maraignan, afin d,-,: faire cognoistre, recagnoistre & adorer, le nom sacré de lesvs ( 207 ). Diogo de Campos Moreno, que os viu no forte de Santa Maria e no Convento de S. Luís do Maranhão, deles afirmou que eram tão vene– rados e de taes mostras que realmente perecião Santos ( 208 ). O Jesuíta Manuel Gomes, na carta acima citada, deles disse que se tratavão com extraordinário rigor, caridade, humildade e zelo das almas, e representavão bem a perfeição da sua religião ( 200 ). O Capucho Fr. Vicente do Salvador, informado decerto pelos dois confrades que tivera no Maranhão, escreveu que os Capuchinhos franceses não foram pouco admirados de ver que nestas partes tão remotas hou– vesse religiosos tão observantes da regra do nosso seraphico padre S. Francisco. Não menos o ficaram os nossos de ver que religiosos de tanta virtude e autoridade viessem em companhia de hereges, posto que nem todos o eram, que muitos eram catholicos romanos, que ouviam missa, confessavam-se e comungavam-se ( 21 º). O capi– tão Estácio da Silveira, no livro que imprimiu sobre o Maranhão em 1624, estampou que os Capuchinhos vindos em 1612, se bem afirme terem sido apenas dois, eram religiosos de grande vir– tude ( 211 ). Em 1626 Fr. Cristóvão de Lisboa, ao relatar um episódio do conflito entre missionários Capuchos e Jesuítas, disse que estes do púlpito, invocavam em sua defesa o exemplo dos religiosos san– tos franceses ( 212 ). No século XVIII o Jesuíta José de Morais, na ( 2 º 7 ) FRANÇOIS DE SALES, Traicté de l'Amovc de Diev, Lyon, 1620, p. 286, no livro 5.º e cap. 9.º. Esta conhecida obra do Santo teve em 1616 as licenças para se imprimir e acabou de ser impressa em 31 de Julho daquele ano; contudo, a edição mais antiga que pudemos consultar é a que deixamos indicada e se guarda nos Reservados da Bib. Nacional de Paris. (208) Collecção... , vol. cit., p. 84. ( 2 º 9 ) CÂNDIDO MENDES DE ALMEIDA, ob. cit., I. p. 82. ( 21 º) FR. VICENTE DO SALVADOR, ob. cit., p, 477. ( 211 ) SYMÃO ESTACIO DA SYLVEIRA. Relaçfto sümaría das Cousas do Maranhão, s. 1. n. a., p. 15. ( 21 2) Esta passagem encontra-se em carta de Fr. Cristóvão, de 2 de Outu– bro de 1626, conservada na Bib. Nacional de Lisboa, Fundo geral, caixa 29, n. 0 31 e publicada nos Docmnentos para a História do Brasil e especialmente a do Ceará, II, p. 202. [83} 165

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