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no sítio de Arrochela, prestando então aos soldados embarcados muitos serviços espirituais. Bastante depois, talvez em 1641, foi enviado para o Canadá, onde ficou alguns anos como Superior, local decerto, e fundou qua– tro ou cinco postos missionários. Sobrevindo dificuldades com a autoridade civil, o Padre Arsénio voltou para França, onde conser– vou o desejo de acabar a vida, ocupado a converter infiéis; por isso, dias antes de morrer no convento da Rua Saint-Honoré a 10 ou 30 de Junho de 1645, dizia estar prestes a embarcar para uma nova missão que se apresentava. Referia-se decerto à missão que os Ca– puchinhos da Bretanha tinham estabelecido em Pernambuco, donde enviavam notícias para o Padre Pacífico de Provins, que residia no mesmo Convento da Rua Sa!nt-Honoré ( 188 ); se assim era, o Padre Arsénio, como a tantos outros acontece, conservou durante toda a vida saudades do Brasil, onde apenas estivera dois anos. Tinha muito gosto pela astronomia, sobre a qual deixou escri– tos e até chegou a imprimir algum mapa do céu, mapa que ainda ninguém indicou ou encontrou. Finalmente, tendo adoecido com um abcesso na cara que o desfigurava, morreu piedosamente no local e data acima indicados. Com vinte e três anos fizera-se Capuchinho no convento de Paris a 20 de Junho de 1599 e faleceu, portanto, com sessenta e nove anos ( 189 ). O Padre Timóteo de Paris morreu no Convento dos Capuchi– nhos do bairro de Saint-Jacques, em Paris, na noite de 18 para 19 de Abr:I de 1651, sendo então o religioso mais idoso da Província; tinha tomado o hábito no Convento de Meudon a 9 de Maio de 1597 com dezasseis anos e se:s meses ( 100 ) e, portanto, tinha a idade de setenta anos e meio, o que não era muito para o Capuchi– nho mais velho da numerosa Província de Paris. O Padre Celestino de Bouteville, do qual já alguma coisa dis– semos atrás, foi nomeado no Capítulo de 1621 guardião do Con- para a segunda, aparece com o titulo de pregador; é decerto um engano, pois já em 1611. ao ser nomeeado missionário para o Maranhão, tinha o titulo de pre– gador. Ver ao fim deste estudo o documento n.º I. ( 1 88) Ver o nosso estudo Os Capuchinhos franceses e a Restauração per– nambucana, Coimbra, 1945, pp, 14-15 e 65-66. ( 18 9) CANDIDE DE NANT, Pagcs glorieuses de l'épopée canadienne, Paris, 1927, pp. 205 e 214 e, ao fim deste estudo, o documento n,º XI. (19º) Ver ao fim o documento n,º XI. 160 [78}

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