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O Padre Cláudio de Abbeville tinha um irmão chamado Foul– lon, a quem escreveu do Maranhão, como veremos; esse era, por– tanto, com toda a probabilidade o seu apelido no século. Nos Capí– tulos Provinciais de 1606 e 1607 nomearam-no Guardião de Abbe– ville ( 11 ), a sua terra natal. Tomara o háb:to em 1593 e tinha mais anos de religião do que o Padre Ivo, mas não foi eleito Superior dos missionários, porque em 1611 não exercia cargo algum; ao Padre Ivo, que renunciara o ofício de Guardião, era conveniente recom– pensá-lo, nomeando-o Superior. O Padre Arsénio de Paris, tendo vinte e três anos, vestiu o hábito capuch:nho a 20 de Junho de 1599 (") e o Padre Ambrósio de Amiens, que no século se chamava Pedro ( 13 ), tomou igualmente o hábito em 1599 ( 11 ) • Devia ser mais novo em religião do que o Padre Arsénio, isto é, fez-se Capuchinho depois de 20 de Junho, ou se foi nesse dia, ainda não tinha vinte e três anos, pois o seu nome, (n) Ibidem, pp. 74 e 81. ( 12) Ver ao fim o doe. n." XI. ( 13 ) C. DE ABBEVILLE, ob. cit., p. 106. ( 11 ) Ibidem, p. 105 diz-se que o Padre Ambrósio morreu em 1612 com treze anos de religião, isto é, fez-se frade em 1599. A Chronologie historique de ce qui s'est passé de plus considérable dans la Province de Paris depuis l'an 1574 jusqu'à l'année [1630]. obra do Padre Filipe de Paris, morto em 1634, afirma o mesmo (Bibl. Franciscana Provincial, cód. 100, pp. 343-348); o Necro– lógio da Província de Paris, conservado no cód. 92 da mesma Bib., diz também, na p. 153, que o Padre Ambrósio morreu em 1612, com XI [sic] anos de religião. Acontece, porém, que no doe. n.º XI, publicado ao fim deste estudo, se lê que o referido Padre morreu com vinte anos de religião em 1612; teria então tomado o hábito em 1592, mas supomos tratar-se dum lapso, isto é, o autor ou copista do documento viu XI. leu XX e escreveu vinte. Mais difícil de resolver é o que sobre o Padre Ambrósio escreveram EDOUARD D'ALENÇON, Le Couvent des Capucins d'Évreux, Évreux, 1894, p. 3 e GODEFROY DE PARIS, Les Fréres Mineurs Capucins en France, His– toire de la Province de Paris, II. Paris, 1950, pp. 434-435, a saber, que tomou o hábito em 1575, Godefroy diz mesmo que foi a 20 de Dezembro desse ano, e era licenciado pela Sorbona onde estava prestes a receber o doutorado; ajuntam ainda que foi célebre pregador, apelidado o Apóstolo da França, e Godefroy acrescenta que o Papa Gregório XIII em 1584 o nomeou Missionário Apostólico. Não sabemos quais são as bases destas afirmações e muito nos estranha que nem Cláudio de Abbeville nem qualquer dos documentos citados no princípio desta nota digam coisa semelhante, mais ainda, o que afirmam tira a estas asserções a pos sibilidade de serem verdadeiras. 88 [6]

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