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lhor presente que pude. Elles nos vierão buscai- ao forte, que he um pedaço, e isto f azião todas as vezes que a elle chegavamos, não consentindo comeramos nem agazalharmonos em outi-a pai-te, e assim fomos verdadeiros amigos, andando á competencia quem havia de mostrar mais amor. Agora continuamos com os Religiosos de S. Francisco, Capellães que farão da primeira armada na mesma forma ( 118 ). Note-se que tendo-se retirado os Capuchinhos, o seu convento foi ocupado pelos Capuchos que pouco depois, em prin– cípios de l 616, voltaram para Pernambuco, deixando a casa aos Jesuítas que ali ficaram até Março de l 618 ( i io). Alexandre de Moura, no relatório que escreveu em Lisboa a 24 de Setembro de 1616, afirmou ter encontrado entre os Franceses do Maranhão dous frades capuchos, avendosse ido todos os outros que ahi tinhão: logo a seguir disse que os despediu todos, fazendo-os embarcar em duas naus, a que tirou a artilharia, a fim de lhes não deixar motivo para os recearem. e cada uma dessas naus a enviou separadamente, a f:m de não poderem desembarcar em outra parte da costa. Por esse mesmo motivo não permittiu que La Ravardiere acompanhasse os Franceses, corno desejava, mas levou-o consigo para o tirar de ser continuo cossaii-o como foi ( rno). A afirmação de que despediu todos os Franceses, feita por Alexandre de Moura, não prova que também os dois últimos Capuchinhos se retiraram então para França, pois pôde haver e houve excepções. Aconteceu, porém, que urna daquelas duas n,aus teve de parar em Cartagena de índias, na actual Colômbia, para ser reparada. Foi isso a 25 de Dezembro de 1615 e o Governador daquela cidade mandou logo interrogar judicialmente algumas pessoas da nau fran- (HB) CANDIDO MENDES DE ALMEIDA. ob. dt., I. Rio de Janeiro, 1860, p. 82. Esta carta sem data, mas escrita nos últimos dias de 1615 ou nos primeiros de 1616. foi transcrita pelo Padre José de Moraes na História da Com– panhia de Jesus na extincta Província do 11,,f aranhão e Pará, editada por primeira vez na obra citada. ( 118 ) MATHIAS C. KIEMEN,The lndian Policy of Portugal in the Ama– zon Region, 1614-1693, Washington, 1954, pp. 16-17 e a bibliografia citada nas notas. ( 15 º) O original deste relatório está no Arq. Histórico Ultramarino, Papéis avulsos do Maranhão, 24 de Setembro de 1ó16, e foi publicado nos Documentos para a História ... da Costa de Leste-Oeste do Brasil, com a data errada, por descuido evidente, de 24 de Outubro; o texto acima indicado está na p. 199. [65} 147

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