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acudia com toda a sua gente, saindo do sítio afastado onde a t:nha escondido, e por isso se retiraram apressadamente para o barco. Reparemos que o relato francês deste sucesso chama ao local, em que se deu, a Ilha de Mucuru, o Padre Baltasar João datou a sua carta de Gaiana, gralha decerto em vez de Go:ana, e o Gover– nador do Brasil disse que isso se deu no presídio do Seará ( 110 ), mas não há dúvida de que se trata do mesmo local. A 16 de Junho o Padre Arcanjo, respondendo à belicosa carta do sacerdote português, escreveu que não vinha trazer guerra, mas a oliveira da paz, ao modo duma mansa pombinha; ajuntava que no dia seguinte de manhã continuariam viagem e dentro de três ou quatro horas lhe enviariam uma barca, para que pudesse ir confes– sar-se. Insistia para que não deixasse de ir, pois talvez para a sua salvação Deus ali os tivesse trazido e, a fim de lhe inspirar con– fiança, dizia-lhe que eram Capuch:nhos da Ordem de S. Francisco, conhecidos em todo o mundo pela sua sinceridade. Ao fim assina– va-se como Comissário Provincial da Índia Ocidental ( 117 ). Bem supomos que o Padre Baltasar João não aceitou o convite, por receio de ser preso pelos Franceses, mas se foi ter ao barco, decerto verificou que os frades eram boa gente. Ficaram estes mal impressionados com o que acontecera; viram que os Portugueses, mais fortes do que os Franceses, queriam expulsar estes últimos do Maranhão e, por isso, pouco fruto poderiam fazer na missão, para a qual com tanto entusiasmo se tinham oferecido ( 118 ). A 18 de Junho, pelas duas horas da tarde,o Le Régent, chegou ao Buraco das Tartarugas, ou Jaracoara, onde também havia um presídio de Portugueses. Comandava-os o capitão Manuel de Sousa de Eça, que dez dias antes ali chegara vindo de Pernambuco com oito embarcações, a fim de combater os Franceses do vizinho Mara– nhão. Do Le Régent também aí desceu gente a terra, mas foi recha– çada com várias perdas. O auto jurídico que se fez deste combate nem sequer diz que iam Capuchinhos no barco e afirma que este, no dia 19 de manhã, seguiu viagem para o Maranhão ( 119 ) • ( 116 ) Ver ao fim os documentos n." XII, n,º VI e n." VIII. (117) Ver ao fim o doe. n.º VIL ( 118) Ver ao fim o doe. n.º XII. ( 119 ) Este auto, cujo original se encontra no Arq. Histórico Ultramarino. Papéis avulsos do Maranhão, 20 de Junho de 1614, foi publicado em Documentos para a História do Brasil e especialmente a do Ceará, L pp. 68-82. /49} 131

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