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aceitasse a missão que todos os outros aprovaram ( 3 ). Naturalmente foi preciso pedir ao Geral que também a aprovasse, o que ele fez com carta escrita de Roma a 5 de Julho de 1611 ( 4 ) • Reunidos o Provincial e os seus quatro Definidores ou Asis– tentes, verificou-se serem quarenta e dois os Religiosos que se ofe– reciam para ir ao Maranhão. Pacífico de Prov:ns, que havia de ser um dos mais conhecidos Missionários da França no Ultramar, foi dos que então se ofereceram, mas não o aceitaram por ser ainda estudante ( 5 ). A 20 de Agosto de 1611 o Provincial reuniu-se novamente com os Definidores e escolheram-se para o Maranhão quatro missioná– rios, número pedido pela Rainha Regente. Foram eles os Padres Ivo de Évreux, Cláudio de Abbeville, Arsénio de Paris e Ambrósio de Amiens, todos pregadores, dos quais foi eleito Superior o pri– me:ro, a quem se deu o documento da obediência, escrito em latim e datado de 27 de Agosto de 1611 ("). Estão, portanto, enganados os autores que, fiados em Berredo, têm continuado a escrever que o Superior dos Capuchinhos então enviados para o Maranhão era o Padre Cláudio de Abbeville (·). Antes de seguirmos com esta narração, vejamos quem eram esses Religiosos. O Padre Ivo, filho único de Simão Michelet, cha- ( 8 ) Ver ao fim do doe. n." I e C. DE ABBEVILLE. ub. cit., pp. 24-25. ( 4 ) Esta carta foi publicada em italiano e francês por C. DE ABBEVILLE, ob. cit., p. 25. ( 5 ) Assim o escreveu ele mesmo na Relation succinte et fide//e de lesta– blissement et Progres des Missions des Capucins en touttes les parties d11 Monde, cód. conservado em Milão, Archivio di Stato, Busta 10, Atti storici, f. 10, se– gundo GODEFROY DE PARIS. Un grand Missionnaire oublié, le P. Pacifique de Provins, Cap11cin, em Collectanea Franciscana, IV, 1934, p. 371. ( 6 ) Ver ao fim o doe. n.º 1. n BERNARDO PEREIRA DE BERREDO, Annaes historicos do Estado do Maranhão, Lisboa. 1749, p. 53. Seguem-no JOSÉ DE MORAIS, Historia da Companhia de Jes11s na extíncta Província do Maranhão e Pará, escrita em 1759 e publicada por CÂNDIDO MENDES DE ALMEIDA, Memorias para a História do extincto Estado do Maranhilo, I. Rio de Janeiro, pp. 51 e 76; RO– BERTO SOUTHEY, Historia do Brazil, II, Rio de Janeiro, 1882, p. 63; A. J. DE MELLO MORAES, Corographia... do lmperio do Brasil, III. Rio de Janeiro, 1859, p. 109; RAPHAEL MARIA GALANTI. Compendio de Historia do Brazil, S. Paulo, 1896, p. 375; PEDRO CALMON, História do Brasil, S. Paulo, 1941, p, 34. 86 [4]

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