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o Maranhão e eram decerto bem comportadas, apesar da maliciosa insinuação de Malherbe. Antes de narrarmos o que aconteceu no Brasil aos que navega– vam no Le Régent, digamos quem eram os Capuchinhos que iam nesse barco. Além dos Padres Arcanjo e Cláudio, dirigiam-se para o Maranhão os Padres Timóteo de Paris, Celestino de Bouteville, Graciano de Abbeville, Francisco de Bourdemare, Tranquilo de Montivilliers, Lamberto de Épernay, Paulino de Amiens, Francisco de La Haye, Rafael de Ruão e Jerónimo de Auxerre. Fernando Denis lamentava não ter podido saber estes nomes e o primeiro a indicá-los foi Eduardo d'Alençon, que os encontrou na obra manus– crita do Padre Cláudio de Bourges ( 107 ). Destes dez Missionários, todos bastante jovens, só o Padre Celestino, que era pregador, tinha tido cargos, a saber, Guardião do Convento de Pontoise em 1610, Superior da Residênc:a de Noyon em 1611 e Guardião do Convento de Étampes em 1612 ( 103 ). O Padre Arcanjo de Pembroke ( 100 ) era dos mais notáveis Capuchinhos de Paris, e antes de ser nomeado Comissário Provincial das fndias Ocidentais em Setembro de 1613, já se tinha interessado pela missão do Brasil, pois a 15 de Junho e a 2 de Julho desse ano o Padre Arsénio e Pézieu escreveram-lhe do Maranhão a pedir-lhe que não abandonasse a obra que com tanto ardor ajudara ( 110 ). Em 1594 o Padre Arcanjo já era sacerdote, mas ainda estava a estudar no convento de Ruão; logo no ano seguinte foi nomeado Mestre de Nov'ços e Guardião de Meudon, cargos que voltou a ter ou em que foi confirmado no Capítulo provincial de 1597. Em 1600 e 1601 foi eleito quarto Definidor, em 1603 segundo e em 1607 terceiro; no Capítulo de 1609 nomearam-no segundo Definidor, Custódio de Paris e Guardião do Convento da Rua Saint-Honoré, ofíc'os em que o confirmou o Capítulo de 1610, com a diferença de que, de segundo Definidor, passou para primeiro. Em 1611 ficou apenas ( 1 º 7 ) FERDINAND DENIS, ob. cit., p. 26; ED. D'ALENÇC ,J, ob. cit., p. 49 e ,ao fim deste estudo, o doe. n.º XIII. (1° 8) Bib. Franciscana Provincial, cód. 97, pp. 105, 114 e 144. (1° 9 ) Pembroke, no País de Gales, foi talvez a terra onde nasceu o Padre Arcanjo, que no nome teria assim seguido o costume dos Capuchinhos. Não se esqueça, contudo, que seu pai era o Conde de Pembroke. ( 11 º) C. DE ABBEVILLE, ob. cit., pp. 292-294. 128 [46]

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