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com velas, outra com víveres, três caixas com arcabuzes e mosque– tes, outra com espelhos, decerto para dar aos Índios, além de três caixas com as bagagens dos Tupinambás e umas oito caixas com as dos soldados e do seu capitão, tenente e alferes ( 91 ). Entre os arredes de igreja, que valiam mais de vinte mil cruza– dos, como disse o Padre Arcanjo ao sargento-mor Campos Moreno em Dezembro de 1614, ia o frontal e a casula brancos, bordados com seda de vár'.as cores e ornados com cruzes de Jerusalém, sobre– postas a frutas, rosas e ramos; era isso oferta de Henriqueta Cata– rina, Duquesa de Joyeuse (º~) e filha único de Henrique de Joyeuse, que depois de enviuvar se fizera Capuchinho com o nome de Fr. Ângelo. Iam também três retábulos, oratórios decerto, de excelente iluminação, guarnecidos de cetim carmesim, bordado de ouro fino nas portas e pavimento ( 03 ); as outras alfaias, que sem dúvida lhes foram oferecidas, eram tantas que parte delas teve de ficar em Paris para ir em outra ocasião ( 04 ). A 7 de Fevereiro os três Tupinambás foram despedir-se dos Reis que mandaram dar a cada um uma cruz com flores de lis nas quatro extremidades, tudo em ouro; com isso e sem outra formali– dade ficaram a ser cavaleiros da Ordem de S. Luís. Malherbe, que nos diz isto, ajunta que os índios disseram apenas a Luís XIII: Adeus, Sire, somos vossos muito humildes servidores; o mesmo repet:ram a Maria de Médicis ( º'). Se isso é verdade, não lhes ensi– naram nenhum discurso ou sentiam-se esfriados no entusiasmo por saberem as dificuldades que Rasilly encontrava na Rainha para conduzir ao Maranhão os soldados e munições que eram precisos. Rasilly, que como o disse à mãe de Pézieu em 10 de Maio de 1613 ( 00 ). também se hospedara nos Capuchinhos da Rua Saint– -Honoré, a 10 de Fevereiro de 1614 estava no Hâvre a ultimar os preparat:vos e arranjos do navio Le Régent. Nesse dia escreveu-lhe de Paris Beaulieu Bouju a dizer-lhe que lhe enviaria por dois Capu– chinhos quatrocentas varas de pano e seis grandes medidas de vina- (º 1 ) Ver ao fim o doe. n.º IV. ( 92 ) Collecção.. ., vai. cit., pp. 98 e 100. (ea) Ibidem, p. 98. (º 4 ) Ibidem, pp. 100-101. (º 5 ) Ver ao fim o doe. n.º IV, h. ( 96 ) Brief Recveil... , p. 31. 124 {42]

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