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Que os miss:onanos desta segunda expedição foram doze repetem-no Luís XIII, em documento de 1 de Fevereiro de 1614, Rasilly em dois memoriais, o Padre Filipe de Paris ( + 1630), o Padre Cláudio de Bourges ( + 1656 ou 1657), o Padre Marcelino de Pise (+ 1656), todos Capuchinhos, e o espanhol Fr. Marcos de Gua– dalaxa ( 80 ). É certo que Bergeron, em 1629, escreveu que aqueles missionários foram seis e embarcaram em 1613 (no), mas o crédito deste autor é tão diminuto, que nem vale a pena perder tempo a refutá-lo. Mais à frente, relativamente ao número destes missioná– rios, analisaremos diversos testemunhos de origem portuguesa, os quais não conseguem abalar a convicção ou certeza de que os Capu– chinhos enviados para o Maranhão em 1614 foram doze. Enquanto se faziam os preparativos da partida dos missionários e do reforço para o Maranhão, o Padre Cláudio de Abbeville, com rapidez extraordinária, preparou a composição e impressão do livro Histoire de la Mission des Peres Capvcins en tlsle de Maragnan, editado em Paris em princípios de 1614. Decerto tinha começado essa obra no Brasil, cont'nuou-a durante a viagem para a França e serviu-se de elementos fornecidos por Des Vaux, Migan e outros Franceses que conheciam melhor o f-1foranhão, mas isso não impede que consideremos extraordinária a rapidez com que escreveu o seu maravilhoso livro. Julgamos, portanto, que as negociações para o aviamento da expedição que ia auxil'ar, material e espiritualmente, os Franceses do Forte de S. Luís ficou, entre os Capuchinhos, a cargo quase exclusivo do Padre Arcanjo de Pembroke que para isso tinha apreciáveis predicados, por ser Superior dos missionários e ter grande influência na Corte de Paris. A 1 de Fevereiro de 1614 Luís XIII e a Rainha Maria de Médicis assinaram um documento em que recomendavam os doze Capuchinhos, destinados para o Maranhão, a todas as autoridades, mandando que lhes prestassem ajuda e os deixassem passar com as bagagens que levavam, a saber, um baul com livros, dois bauis com arredos de igreja, outro baul com mais livros e víveres para a v:agem, uma grande caixa com estamenha para hábitos, uma caixa ( 89 ) MARCELLINUS DE PISE, ob. cit., p. 27 e Fr. MARCOS DE GUADALAXARA, ob. cít., p. 268. Ver ao fim os does. n.º' IV, IX, X. XII. XIII e XIV. (ºº) Traícté de la Navígation et des Voyages de Descovverte & Conqueste modernes, Paris, 1629. p. 141. /41] 123
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