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não em 1613, e nem sequer cita os índios enviados a Paris. A inser– ção das gravuras no livro era absolutamente descabida e o facto de hoje se encontrarem no exemplar de Nova York é apenas efeito da vontade de quem o mandou encadernar. Os índ:os hospedados nos Capuchinhos iam-se preparando para o solene baptismo que se lhes administraria antes de voltarem para o Maranhão, com o reforço prometido pela Rainha Maria de Médicis; o clima da França, porém, e as poucas comodidades que encontravam naquele austero Convento não eram a propósito para lhes fortalecer a saúde. Três deles cairam doentes e, apesar dos cuidados com que os trataram, não se restabeleceram. O primeiro adoeceu em 22 de Abril, foi baptizado no 28 com o nome de Fran– cisco, em honra de RasJly, que decerto foi o seu padrinho, e mor– reu piedosamente no dia seguinte; tinha de sessenta para setenta anos e não era própriamente Tupinambá, mas Tabajara, outra casta de Índios do Maranhão. Em Outubro, quando se receberam as cartas já citadas dos dois Capuchinhos e de Pézieu, soube-se que um grupo de Tabajaras tinha vindo .unir-se aos Tupinambás, que acatavam a autoridade dos Franceses; o Padre Cláudio vê neste facto um efeito da intercessão do índ:o piedosamente falecido. Outro índio, que adoecera no 29 de Abril, foi baptizado a 4 de Maio com o nome de Tiago, em homenagem ao Cardeal Tiago Davy du Perron, então muito conhecido na França, e morreu cristãmente no dia seguinte 6: tinha de quinze para dezasseis anos. Nesse mesmo dia faleceu um terceiro índio, que fora baptí– zado igualmente em 4 de Maio com o nome de António, em aten– ção ao Senhor De Beauvais Nanjy, decerto um benfeitor dos Capu– chinhos. Tinha de vinte para vinte e dois anos, foi amortalhado, como o anterior, com o hábito de S. Francisco e ambos tiveram solene enterro, com sermão proferido pelo Padre Serafim de Châ– teau-Th:erry. O Padre Cláudio de Abbeville, que nos transmitiu estas notícias ( 71 ), fez imprimir no seu livro os retratos destes três índios completamente nus, a não ser nas verendas, que estão tapa– das com plumas. Não quer isto dizer que assim andassem na ( 71 ) C. DE ABBEVILLE, ob. cit., pp. 267-274. 116 [34)
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