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parecida à que usam os peregrinos para beber, dentro da qual havia qualquer coisa como pregos. Esse instrumento chama-se maracá. Um dos índios tinha um e outro tinha-o o seu intérprete, um nor– mando de O:eppe. A sua língua não devia ser muito difícil, diz Malherbe, pois Rasilly já se fazia entender por eles e o Capuchinho que o acompanhava, isto é, o Padre Cláudio, ainda a falava melhor ( 87 ). O pintor Joaquim du Viert e o gravador P. Firens ( 08 ) repre– sentaram aquela dança em duas gravuras, feitas em 1613 e publi– cadas em avulso. São raríssimas e delas apenas se conhecem dois exemplares: um que foi encadernado com o exemplar do livro Suitte de l'histoire des choses plvs memorables aduenues en Ma– ragnan és annees 1613 & 1614, adquirido pela Biblioteca Pública de Nova York, e o outro conservado em Paris, na Biblioteca do Depósito dos mapas da Marinha, 3236, L. III, junto com a Géo– graphie du Monde, de Artus Fonnault, Ruão, 1633 ( ,rn). Nessas gravuras, cada uma das quais representa três índios. estão estes ricamente vestidos à europeia, decerto com os fatos que lhes deram em Ruão, têm um elmo de plumas em vez de chapéu e seguram nas mãos o maracá que é uma espéc:e de chocalho, ou como Malherbe dizia, uma cabaça com pregos dentro. Dissemos que essas gravuras foram publicadas em avulso no ano de 1613; assim ao menos se deve depreender da frase escrita debaixo delas, onde se lê: no presente ano de 1613. Rubens Borba de Morais ( 10 ) d2. a entender que foram editadas com a obra do Padre Ivo de Évreux: não deve estar certo, pois essa obra publicou-se em 1615. ( 67 ) Ver ao fim o documento n.º III. a. ( 68 ) Pedro Firens, gravador natural de Anvers, trabalhou em Paris, onde morreu em 1635; o desenhador holandês Joaquim Desviert viveu na França de 1610 a 1614. "º) Assim o diz, relativamente ao exemplar de Paris, CH. DE LA RON– CIÊRE, Histoire de la Marine française, IV. Paris. l 923. p. 353 nota, e neste estudo reproduzimos essas gravuras segundo esse exemplar. O de Nova York já fora indicado no catálogo de venda dos livros do Dr. Court, por Ch. Leclerc. e os dizeres deste foram transcritos por A. L. GARRAUX, Bibliographie bré– silienne, Paris, 1898, p. 315. Em 1958 RUBENS BORBA D EMORAES, Biblio– graphia brasiliana, II, Amsterdam-Rio de Janeiro, s. d. entre as pp. 368-369, repro– duziu estas duas gravuras, segundo o exemplar de Nova York. ( 70) Ob. cit., II, pp. 383-384. /33} 115

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