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das atrás ind:cadas vieram em dois barcos de Dieppe, chegados do Maranhão à França em Setembro ou Outubro de 1613 e liam-se em quatro cartas, duas de Pézieu, de 2 de Julho , uma do Padre Ivo, de 15 de Julho, e a última do Padre Arsénio, escrita a 15 de Junho do referido ano de 1613 ( 62 ). Deixemos por uns momentos os Franceses do Maranhão para nos determos com o que na França acontecia aos seis índios Tupi– nambás e aos seus condutores, IV. - AS NEGOCIAÇÕES DE RASILLY E O REFORÇO CONSEGUIDO PARA O MARANHÃO Dissemos que o navio Le Régent, a 16 de Março de 1613, estava à vista do Havre, prestes a ancorar. Dois Capuchinhos do Convento dessa cidade, enviados pelo seu Guardião Fr. Teófilo de Péronne foram ao barco visitar o Padre Cláudio, ver os índios que trazia e saber notícias dos confrades que ficavam no Maranhão: por ser já tarde, o desembarque ficou marcado para o dia seguinte e os dois visitantes retiraram-se. Mal o tinham feito quando se ale– vantou furiosa tempestade, que pôs o Le Régent em sério per:go de naufragar. Contudo, o desembarque pôde fazer-se no dia 17 e a cidade do Havre, com as autoridades civis e religiosas, recebeu entusiàsti– camente os seis Índios que vinham como Embaixadores do povo do Maranhão. Dirigiram-nos, em procissão, a casa do Governador e à Sé; levaram-nos também ao rlco Mosteiro de Montivilliers, situado a doze quilómetros de distância. Neste Mosteiro a recepção de quatro índios foi às onze horas da manhã do 28 de Março, o que indica terem estado hospedados vários dias no Convento dos Capu– chinhos do Hâvre. Decerto lá ficaram dois índios e os outros quatro, com o Padre Cláudio, foram a Montivilliers, onde os receberam na paroquial de S. Salvador, situada diante do Moste:ro, e na Igreja deste foram introduzidos ao som de cânticos religiosos. A pedido da abadessa abriu-se a porta gradeada que comunicava com o Mos- ( 6 ") Estas cartas foram publicadas por C. DE ABBEVILLE, ob. cit., pp. 290-296. 112 [30]

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