BCCCAP00000000000000000000536

Franceses e Rasilly aproveitou então o ensejo, conforme as recomen– dações que trazia de Paris, para baptizar esse forte com o nome de S. Luís e dar ao porto ou ancoradoiro de navios, que lhe estava perto, a denominação de Santa Maria ( 46 ). Ainda estavam na Ilha de Santa Ana os principais Franceses quando decidiram que Rasilly fosse a França buscar ajuda para se estabelecer firmemente a nova Colónia e poder-se rP":stir ao embate 'lue se esperava dos Portugueses. Pézieu, na citada carta de fins de Agosto, afirmou estar assente que essa partida tivesse lugar dali a dois meses, isto é, em Outubro ou Novembro ( 47 ). Como os índios manifestavam simpatia pelos Capuchinhos determinou-se que um destes também ir:a para trazer mais companheiros. Dava-se um matiz religioso e missionário à nova Colónia e isso muito serviria para mover o governo e os grandes de França a facilitarem uma segunda e mais poderosa expedição. Antes, porém, de ir solicitar essa ajuda, Rasilly, acompanhado pelos Capuch:nhos Cláudio de Abbeville e Arsénio de Paris, foi visitar as povoações da Ilha Grande para as conhecer melhor e veri– ficar pessoalmente como os Índios aceitavam com entusiasmo a tutela da França. Nessa viagem acompanhou-o também Des Vaux, que servia de intérprete, e nas reuniões que se faziam com os prin– cipais Índios de cada povoação, inculcava-lhes as promessas e inten– ções dos Franceses. Os habitantes de Juniparã, principal povoação da Ilha, quise– ram ter a cerimónia da solene arvoração da Cruz e construir uma palhota-capela para o missionário que muito desejavam ali residisse. Assim se fez com relativa solenidade a 3 de Outubro, depois de os dois Capuchinhos, durante vários dias, terem ens:nado doutrina cristã à gente do lugar ( 18 ). A 9 de Outubro, no assim chamado convento de S. Francisco, junto ao forte de S. Luís, morreu o Padre Ambrósio de Amiens; adoecera no dia 26 de Setembro, ao acabar de dizer Missa, depois de nessa manhã ter transpirado muito a cortar árvores. Recebeu pie– dosamente os sacramentos que lhe administrou o Padre Ivo e foi /23] ( 46 ) C. DE ABBEVILLE. ob. cit., pp. 71-73. (•;) Brief Recveil.... p. 7. ( 48 ) C. DE ABBEVILLE, ob. cit., pp. 90-93. 105

RkJQdWJsaXNoZXIy NDA3MTIz