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mos que ai estiveram de 1749 a 1754, sucedendo aos Carmelitas, que a sua vez tinham tomado o lugar dos Padres seculares e estes o dos Jesuítas; aí missionaram os Barbadinhos Próspero de Milão, Francisco de Brisighella e Fidélis de Partanna, tendo este último construído de novo a Igreja, que era dedicada a S. João Baptista. Tudo isto e mais ainda no-lo deixaram escrito os Capuchinhos ( 3 ~). que se soubessem ter sido um confrade seu, Jogo nos alvores da colonização o primeiro missionário de Apodi, ainda que isso fosse uma tradição vaga e lacónica, com alvoroço no-la teriam transmitido. Sobre o Córrego da Missão nada podemos dizer, mas a pre– sença dum Capuchinho de origem italiana no Brasil em 1538, poucos anos depois de essa Ordem ter sido fundada na Itália com tantas dificuldades, e a presença de colonos portugueses no interior do Nordeste brasileiro em época tão recuada são factos estranhos e não os podemos ace:tar, fiados apenas em apontamentos que um sertanejo, provàvelmente da segunda metade do século XVIII, se não era do século passado, teria entregue a um desembargador, segundo o testemunho dum autor recente que se não tem notabili– zado em estudos de investigação histórica. Este autor afirma também no mesmo opús{'.ulo que em Rio Grande do Norte, no próprio ano da colonização, aparece um Fr. Bernardino, Capuchinho italiano ( :i,). A primeira povoação por– tuguesa no Estado brasileiro de Rio Grande do Norte foi a forta– leza dos Santos Reis Magos, fundada em 1597 por Jerónimo de Albuquerque; na expedição que para isso dirigiu, da qual temos bastantes notícias, foi acompanhado pelo Capucho Fr. Bernardino das Neves ou Fr. Bernardino de Santa Maria, o qual ali ficou durante dois anos ( 34 ). Não parece haver dúvida, portanto, de que o Fr. Bernardino, Capuch'nho italiano, citado por Câmara Cas– cudo, é o Capucho da Custódia do Brasil, Fr. Bernardino das Neves ou de Santa Maria, mais conhecido decerto pelo simples nome de Fr. Bernardino. ( 3 ~) Reportório da fundação ... Superiores, Missionârios, e mais Notícias pertencentes a este Hospício e Prefeitura de Pernambuco, cód. que se conserva no Arq. dos Capuchinhos do Recife. ( 33 ) L. DA CÂMARA CASCUDO, ob. cit., pp. 3-4. ( 34 ) Província franciscana de Santo António do Brasil, pp. 281-283. /15] 97