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6 ANTÓNIO MONTEIRO à recta razão, à essência das coisas, ao último fim e a tantos outros conceitos, mais ou menos abstractos, q11e nem sempre foram fonte de teologia libertadora, nem davam ao ensinamento e acção da Igreja o carácter de Boa-Nova, daquela Boa-Nova que, por ordem do Senhor, lhe compete anunciar. Passando agora o homem a constituir norma _{tmda– mental e decisiva, é nele, evidentemente, que se tem de ir encontrar o critério definitivo da tJida moral. É ali, 110 homem real, concreto, histórico, tal qual o descreve a Constituição Pastoral. A presente publicação constit11i apenas um dos capítulos centrais da tese de doutora111e11to apresentada e defendida na Academia Alfon– siana, Instituto Superior de Teologia Moral da Universidade Ponti– fícia Lateranense, sob o título: O HOMEM FONTE DE MORAL NA CONSTITUIÇÃO PASTORAL SOBRE A IGREJA NO MUNDO CONTEMPOR,4NEO. Por outro lado, a parte agora editada apareceu já sob idêntico tftttlo em DIDASKALIA, Revista da Faculdade de Teologia de Lisboa (9 (1979) 11-154). O seu objectivo 1úío é outro senão mostrar como, em que termos e até que ponto a referida Constituição Pastoral propõe de facto o homem como fonte e or(<;em imediata da norma objectíva da moralidade conciliar. Por feliz coincidência, no momento em qw' estava quase concluída esta investigação e 11lti111ávamos a sua elaboração, veio ao nosso encontro a Encíclica programática do Santo Padre João Paulo Il, <<Redemptor Hominis». Na linha projimda do e11si11a111ento conciliar, de qu, Sumo Pontifice, como Arcebispo de Kraków, havia sido ins(<;ne colaborador, afirma este importante documento do Magistério Pontifício: «O homem é o primeiro caminho que a ~<;reja tem de seguir no desempenho da sua missão; ele é o primeiro e mais importante caminho aberto pelo prcíprio Cristo» (AAS 71 (1979) 284). Era esta precisamente, em última a11álise, a co1,cl11são a que prete11día111os chegar na nossa investigação e este é também o objectivo da presente publicação. Sentir-nos-emos compensados se o nosso trabalho vier a represe11tar 11111 modesto contributo e uma aiuda todos aqueles que, ansiosa e i11cansavel111e11te, espera111 e procuram 11111a re11ovação aprofimdada, autêntica e coere11te da teologia moral da Igreja, ao serviço do homem e do mundo do 11osso tempo. ANTÓNIO MONTEIRO

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