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O HOMEM FONTE DE MORAL OBJECTIVA 65 que, enquanto se mantiverem, fazem que o amor conjugal só dificil– mente se possa cultivar na sua integridade e na sua harmonia. Nem sempre aparece claro, de imediato, como é que se pode compaginar o culto do verdadeiro amor, sem o qual os cônjuges, com frequência, se tornam estranhos um ao outro, com a exigência de não aumentar, pelo menos por algum tempo, o número dos seus filhos» 288 . Em relação com a política, recordam-se vários deveres morais que nascem de diversas situações que acompanham concretamente o homem. na sua existencialidade. Uma delas é a condição do emigrante, que kva consigo a exigência de tratá-los «como pessoas e não como simples mão de obra útil para a produção, ajudá-los para que possam trazer para junto de si a própria família, arra1ajar-lhcs habitação conveniente e favorecer a sua integração na vida social do povo ou da região cm que se encontrarem» 289 • Outra situação é a dos agri– cultores, que requer «não sejam colocados, como muitas vezes sucede, na condição de cidadãos de segunda classe» 290 • Uma outra é a dos empregados que trabalham em empresas onde, por vezes, se tomam decisões económicas e sociais de qut depende o seu futuro e o dos seus filhos. Tal situação «exige que eles t.stejam presentes quando se tratar de estabelecer tais decisões e participem mesmo na organização geral do movimento económico, concretamente através de delegados eleitos livremente por eles próprios, os quais devem depois poder expor devidamente as suas necessidades, o seu parecer e o seu próprio ponto de vista» 291 • A situação de refugiados e exilados é outra con– dição que requer das instituições da comunidade internacional «provejam cada uma, por sua parte, às m:ccssidades do homem, no domínio da vida social a que pertencem a educação, o alimento, a saúde e o trabalho» 292 • Sobretudo e em relação a todos, fala-se da situação de pobreza tJUe cria deveres e dá normas de moralidade na linha da actividade responsável do homem: «Neste sentido, os Padres e Doutores da Igreja ensinaram que os ricos estão obrigados a auxiliar os pobres com os seus bens supérfluos. Aqueles, porém, que se encontrarem cm extrema necessidade têm o 2ss Ibidem, n. 64, p. 481. 2 89 Ibidem, cap. III, n. 78, p. 493. 290 Ibidem, n. 78, p. 492. 291 Ibidem, n. 80, p. 494. 29 2 Ibidem, cap. V, n. 92, p. 504. 5

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