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O HOMEM FONTE DE MORAL OBJECTIVA 61 Ela impõe o dever de «Não desprezar as normas para defender a saúde ou as que regulam o trânsito dos veículos nas estradas, sendo que isso põe em perigo a vida dos outros• 261 • A vida implica igualmente o dever de a defender, cultivar e aumentar: «Deus, Senhor da vida, confiou aos homens o dever e o encargo de defender a vida e o nobre ministério de cultivar e aumentar a pujança da vida humana. Por isso, a vida já concebida no seio materno deve ser salvaguardada com o maior cuidado; o aborto, com o qual se priva injustamente um inocente da vida, bem como o infan– ticídio, são crimes abomináveis» 262 • A partir da vida e dos deveres morais que ela comporta, defi– nem-se escândalos morais: «Não se dê o escândalo de haver algumas nações, cuja maior parte dos habitantes leva, com frequência, o nome cristão e vive na abun– dância de bens, enquanto que outras nações não dispõem sequer do necessário para a vida e são atormentadas pela fome, pela doença e por toda a espécie de misérias» 263 • A liberdade do homem é um outro aspecto que também o carac– teriza como ve1dadeira fonte de moral. A liberdade oferece, ante~ de mais, um critério na organização social. Nela, a ordem social «deve encontrar um equilíbrio» novo e sempre mais humano 264 • A partir da liberdade, se estabelece a legitimação moral da pro– priedade privada. De facto, a propriedade e um. certo donúnio de bens externos: «asseguram a cada um a esfera indispensável de autonomia pessoal e familiar e devem ser, por isso, considerados como que uma extensão da liberdade humana» 2 65. 2 6 1 Ibidem, n. 33, p. 457. 2 62 Ibidem, pars II, cap. I, n. 64, p. 481. 263 Ibidem, cap. V, n. 95, p. 506. 2 6 4 Ibidem, pars I, cap. II, n. 25, p. 452. 265 Ibidem, pars II, cap. III, n. 83, p. 496.

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