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60 ANTÓNIO MONTEIRO Um outro aspecto do homem que o apresenta como fonte de moral é o amor. Verifica-se isso, sobretudo, no campo da moral do matrimónio. Primeiramente, diz-se que o amor «Confere uma dignidade especial às manifestações do corpo e do espírito e as enobrece como sinais que são e elementos do amor con– jugal» 257_ Dele parte a honestidade dos actos próprios da vida conjugal: «O amor tem a sua forma própria de se exprimir e realizar. Por isso são honestos os actos pelos quais os esposos se unem íntima e ordenadamente» 258 • No momento de o casal determinar o número de filhos que deve ter, o amor intervém também, dando a indicação moral: «Saibam os esposos que, ao fundar e conduzir a sua família, não lhes é permitido proceder arbitrariamente, mas devem guiar-se pela consciência rectamente informada pela lei de Deus. A eles compete determinar também o número dos filhos, tendo em conta os dons de Deus e a indicação de um verdadeiro amor» 259 • A vida lwmana é o terceiro aspecto do homem que o define, neste texto, como fonte de moral. A vida humana leva consigo, ante~ de mais, uma série de exi– gências em ordem a torná-la verdadeiramente humana: «É necessário, portanto, tornar acessíveis ao homem todas as coisas necessárias para levar uma vida verdadeiramente humana, não apenas no que se refere às condições materiais da existência, como é o alimento, o vestuário, a casa, mas também no que diz respeito à boa fama, ao respeito, à protecção da sua vida privada. Para realizar tudo isto, é neces– sário introduzir amplas modificações sociais» 260 . 2 57 Ibidem, Cap. I, n. 62, p. 479. 258 Ibidem, p. 478. 259 Ibidem, n. 63, p. 481 «...... secundum Dei dona verique amoris indicationem determinare». 2 60 Ibidem, pars I, cap. II, n. 24, p. 452.

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