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O HOMEM FONTE DE MORAL OBJECTIVA 57 poder exercer a sua própria missão e desempenhar-se dos seus encargos, aspecto que tem muita importância para uma vida social verdadeira– mente humana» 239 . O homem é ainda fonte de moral no sector da política, sendo também ali a norma orientativa: «Os modos concretos como a comunidade política organiza a sua própria estrutura e o equilíbrio dos poderes públicos podem. variar, segundo a diferente índole e o progresso histórico dos povos; devem, porém, orientar-se sempre para a formação de homens cultos, pacíficos, benévolos em relação a todos e para benefício de toda a família humana» 240 • O mesmo critério vale a nível de política internacional: «As nações, cm vias de desenvolvimento, devem pôr todo o seu empenho em estabelecer, como objectivo do seu progresso, de modo bem claro e firme, a perfeição humana global dos seus habitantes» 241 . Também no campo da guerra e da paz e da correspondente moralidade, o homem é apresentado como fonte de moral. No fundo das normas morais estabelecidas aparece sempre o homem: «Toda a acção bélica que tende, indiscriminadamente, a destruir cidades inteiras com os seus habitantes e, ainda com maior razão, quando se tratar de regiões inteiras, cm si mesma, é objectivamcnte um crime contra Deus e contra o próprio homem e deve ser condenada, por isso, com toda a firmeza, sem qualquer hesitação» 242 • Na mesma linha de pensamento, acrescenta-se: «Devem considerar-se intrinsecamente perversos todos os instru– rnentos orientados para a destruição ou diminuição do adversário na sua personalidade, quer psicológica, quer moral» 243 • Apresentado como fonte de moral na sua globalidade, o homem é visto como tal também a partir dos seus aspectos mais fundamentais. O primeiro deles é a dignidade humana. Ela é considerada como tendo 239 Ibide111, n. 83, p. 496. 240 Ibidem, cap. IV, n. 87, p. 500. 2 41 Ibidem, cap. V, n. 94, p. 506. 24 2 Ibide111, n. 98, p. 508. 24 3 Ibidem, n. 101, p. 512.

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