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O HOMEM FONTE DE MORAL OBJECTIV A 51 problemas, as necessidades e desejos dos homens e da sociedade do nosso tempo impõem ao mesmo Concílio o dever moral de os consi– derar, de animo atento» (P. A. Fernandez-Mestre Geral O. P.) 213 • A situação <<de tantos filhos da Igreja que choram e clamam por justiça» impõem ao Concílio o dever de não se calar (Mons. L. Y. Ruiz Tagle-Santa Maria dos Ar~os) 214 • De tais situações em que o homem pode encontrar-se, surgem deveres para a Igreja que «tem a obrigação de ver os problemas da gente que sofre esmagada pelas dificuldades de todos os dias. Ela tem o de.ver de interrogar essa gente, misturar-se com ela, compreender a sua linguagem, as suas dificuldades, as suas preocupações e também as suas alegrias» (Mons. J. Fady-Lilongwe– -Malawí) 215 • Os problemas em que se encontrarem os homens impõem-se-lhe como deveres morais, uma vez que «ela deve consi– derar como seus os problemas dos homens» (Mons. F. F. Menjibar– -Jaén-Espanha) 216 • O estado de ansiedade humana é uma fonte de responsabilidade para a Igreja que tem o dever «de responder à ansiedade dos homens» (Mons. M. Vial-Nevers-França) 217 , de «ser solícita, não só com a conservação da pureza da lei divina, mas também na atenção que deve prestar aos problemas dos homens» (Mons. R J. Card. Alfrink-Utrecht-Holanda) 218 • Sobretudo a situação de fome em que o homem pode encontrar-se, é para todos fonte de deveres morais: «Há cerca de 300 milhões de homens que passam fome. Mais de um bilião alimenta-se insuficientemente. Sempre isto se verificou, mas hoje sabemos que há homens que passam fome e temos a possibilidade de os ajudar e socorrer. A cari– dade obriga-nos, não apenas a fazer peditórios de dinheiro nas igrejas, de alimentos, vestidos e outras coisas necessárias. Há também o dever de proclamar bem alto que a terra foi dada por Deus aos homens para a cultivarem, e só 10% de toda ela está cultivada. Abram-se as portas e permita-se aos rurais penetrarem nesses territórios imensos ainda por cultivar» (Mons. I. M. Caste!Iano-Siena-Itália) 219 • Concluindo esta análise à primeira sessão de estudo da Cons– tituição Pastoral, podemos dizer que os Padres marcaram bem o 213 Ibidem, p. 352. 214 Acta III, VII, p. 70. 215 Acta III, V, p. 456 •Il faut les interroger, se mêler à eux, comprendre leur language, leurs difficultés, leurs préocupations, leurs joies aussi». 216 Ibidem, p. 409. 217 Ibidem, p. 503: •Homini de sua exsistentia anxio Ecclesia respondere debet,. 218 Acta III, VI, p. 84: «Ecclcsia sollicita debet esse de puritate legis divinae servandae sollicita etiam de problematibus hominis»; 219 Acta III, VII, p. 210.

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