BCCCAP00000000000000000000531

42 ANTÓNIO MONTEIRO mesma perspectiva, afirma-se: «O critério supremo segundo o qual o homem vai ser julgado, verificando-se então se a sua vida teve ou não sentido, o critério que Cristo apresentará vai ser o cuidado que se teve em ajudar os outros, considerados, não apenas individualmente, mas tendo em consideração as necessidades de todos>> (Mons. A. Innocent-Coad. New Delhy-India) 135 • Por tal motivo, «há o dever de denunciar todos os que abusarem dos outros homens no campo económico, social ou político» (Mons. J. Hakim-Tit. Ptolemaida– -Israel) 136 • Nos valores humanos ressoa a voz de Deus, com a consequente responsabilidade moral: «A Igreja deve reconhecer humildemente a voz e a acção de Deus que, em. certo sentido, se encontram. patentes nos valores humanos, no esforço e nas iniciativas deste mundo» (Mons. A. Hacault-Saint Boniface-Canadá) 137 • Diz-se igualmente que «a acção de Deus está presente no mundo· nos esforços, experiên– cias, descobertas, trabalhos, aspirações e na verdadeira promoção do homen1» (Mons. M. J. A. Pourchet-Saint Flour-França) 138 • No mesmo sentido, poder-se-iam citar as intervenções dos Padres em relação com os sinais dos tempos nos quais, de uma forma ou ou outra, se encontra sempre o homem. Os sinais dos tempos são, com efeito, «a voz de Deus» (Mons. J. Hervás y Benet-Ciudad Real– -Espanha) 139 ; «revelam a sua vontade» (Mons. J. Pont y Gol-Segorbe– Castellón-Espanha) 140 ; «transmitem os apelos de Deus» (Um grupo de Padres Conciliares) 141 • Para além desta visão do homem como fonte de moral na generalidade, os Padres apresentam-no também como tal nos diversos campos ou sectores da vida moral. Ele é fonte de moral, antes de mais, em relação à vida matrimonial. Dele se faz derivar a força moral da indissolubilidade do matrimónio, uma vez que <<a impor– tância da indissolubilidade está precisamente no facto de um número sem conta de crianças ficarem na desgraça quando se verifica o divórcio dos pais>> (Mons. P. Rusch-Innsbruck-Austria) 142 • A partir do homem é que se deve traçar o critério moral em tudo o que se 13s Ibidem, p. 457. 13 6 Acta, III, VII, p. 66. 1 37 Acta III, V, p. 541. 13s Ibidem, p. 602. 139 Ibidem, p. 651. 14 º Ibidem, p. 487. 141 Ibidem, p. 508. 142 Acta III, VI, p. 69.

RkJQdWJsaXNoZXIy NDA3MTIz