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O HOMEM FONTE DE MORAL OBJECTIVA 35 se ajudam de tal modo que possam crescer dignamente como pessoas humanas» 89 • Para todos, a dignidade humana dá o critério moral para iden– tificar os «direitos e deveres que competem ao homem, em absoluto, ou lhe convêm profundamente no presente estado de coisas» 90 • No campo da cultura, é a dignidade humana que dá a orientação para se saber quais as descobertas que devem considerar-se boas e honestas e quais são desonestas e de rejeitar. São de rejeitar todas as que «violam a dignidade da pessoa humana» 91 • Para além disso, neste campo da cultura, a dignidade humana traça uma norma moral verdadeiramente fundamental, uma vez que deve constituir nota insigne da mesma «defender a dignidade da pessoa humana, na sua qualidade de imagem e adorador de Deus» 92 • De igual modo, a nível de vida política e social, a dignidade humana oferece também a norma geral, pois deve pretender-se que «a comunidade terrestre esteja sempre mais de acordo com a dignidade do homem» 93 • Neste mesmo campo, dela procede um critério orientador para as pessoas constituídas em autoridade, sendo que tais pessoas «devem estar conscientes da dignidade e liberdade dos outros, nunca menos do que estão convencidas da sua própria dignidade e liberdade>> 94 • Além disso, impõe que «em qualquer condição, as famílias sejam dotadas de todos aqueles meios que são necessários para que se verifique uma vida familiar que seja digna do homem» 95 • Depois da dignidade humana, é a vocação do homem que se apre– senta como fonte objectiva de moralidade. A vocação do homem é, para todos os cristãos, a norma de agir na vida privada e social, «devendo eles manifestá-la a todos os outros, nesse campo» 96 • Ela mostra-lhes a maneira de proceder na construção da cidade terrestre, pois devem fazê-lo «respondendo à sua vocação total>> 97 • Indica, igualmente, a forma como os homens 8 9 Ibidem, n. 17, p. 17: «Incipit cum pauperes vere in seipsis propter Deum amantur et ita sublevantur ut digne excrcscant tamquam personae humanae•. 90 Ibidem, cap. IV, n. 20, p. 130. 91 Ibidem, p. 131. 92 Ibidem, n. 22, p. 134. 93 Ad11ex11m I, n. 6, Ibidem, p. 151: «Nostrum est id efficere ut communitas terrestris magis in dies concordet cum dignitate hominis•. 9 4 Ibidem, n. 11, p. 155. 95 Ad11ex11m V, n. 10, Ibidem, p. 193. 96 Sc/,ema De Ecc/esia, cap. I, n. 7, Ibidem, p. 120. 9 7 Ibidem, n. 8.

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