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O HOMEM FONTE DE MORAL OBJECTIVA 33 Do homem procedem os critérios morais que devem orientar a actividade humana, em geral. Primeiramente, quando se trata de viver a própria vocação humana, uma vez que <<toda a vocação é dada por Deus também em ordem ao próximo e à comunidade» 73 • Depois, para saber onde, sobretudo, se verifica a realidade do pecado: «Ninguém, portanto, peque por omissão, tendo em conta as palavras severas do Senhor cm relação àqueles que não querem reconhecê-lo nos irmãos» 74 • O mesmo se diga quando se trata de os homens desco– brirem o verdadeiro caminho que leva à salvação: «Encontram verda– deiramente a vida, na medida em que colocam as suas forças e os seus haveres ao serviço dos irmãos» 75 • É em relação com o homem que se identifica o que é intrinsecamente perverso: «Devem consi– derar-se intrinsecamente perversos todos aqueles meios que, mesmo em defesa própria, têm por objecto destruir o adversário na sua per– sonalidade psicológica, moral ou espiritual, servindo-se de tormentos infligidos quer ao seu corpo quer ao seu espírito» 76 • O homem e o seu serviço constituem. a verdadeira regra moral: <<todos se devem orientar por aquela regra de ouro que o Senhor ensinou: 'tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o vós também a eles. Esta é, com efeito, a lei e os profetas'» 77 • Do homem procede também o critério moral para determinar o bem comum. De facto, tal bem comum «deve ser orientado para o bem de todos os gue integram. a sociedade,> 78 • A partir do homem, se encontra a orientação fundarntntal da moral no matrimónio. Dele parte o dever do amor entre os esposos: «A natureza da união indissolúvel entre pessoas, e sobretudo o bem dos filhos, exige que os esposos se amem verdadeiramente» 79 • O homem é também quem. deve dar o critério moral aos esposos no momento de decidirem o número de filhos que devem ter, numa paternidade, ao mesmo tempo, consciente e responsável. De facto, 7 3 Ibidem, cap. III, n. 16, p. 127. 74 Ibidem. 75 Ibidem, n. 17, p. 128: «Animam suam vere inveniunt quatenus vires et facultatcs suas adhibent in servitium fratrum». 76 Ad11ex11111 V, De co111m1111itate genti11111 et pace, 11. 11, Ibidem, p. 196. 77 Ad11ex11111 I, De perso11a lw111a11a i11 societate, n. 7, Ibidem, p. 152: «Omnes conducantur regula aurca quam docct Dominus: munia quaecumque vu!tis ut faciant vobis homines et vos facite illis. Haec est enim !ex ct prophctae (Mt 7, 12)•. 7 8 Ibidem, p. 151: «Bonum commune ordinatur ad universitatem bonorum omnium membrorum societatis». 79 Scliema De Ecclesia, cap. IV, n. 21, Ibidem, p. 132: «Ipsa natura foederis indissolubilis inter personas et maxime bonum prolis exigit ut coniuges se vere ament•. 3

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