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166 ANTÓNIO MONTEIRO Tem que entrar em contacto com as pessoas, não propriamente para ensinar, mas para aptender. Não se pode esquecer o velho prin– cípio: «agere seq11it11r esse». Ora, só no contacto com a pessoa, se poderá descobrir o seu autêntico ser, único e irrepetível. Por isso, o verda– deiro moralista tem que ser sempre mendigo da verdade, daquela verdade que cada um possui sempre e só parcelarmente. - Uma vez que as situações históricas são parte integrante do homem. real e concreto e tais situações podem mudar e de facto mudam, torna-se necessário, em n1.oral, renunciar ao intento de fazer uma moral muito concreta, de carácter definitivo. Há que contentar-se, no campo do imediato e concreto, com uma moral «ad i11teri111», uma moral própria para tempos de mudança. Uma tal abertura evitará o risco grave de a moral se converter em opressora ou destruidora dos homens e da vida, ou, o que é pior, em estorvo na dinâmica salvadora do reino de Deus.
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