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O HOMEM FONTE DE MORAL OBJECTIVA 163 - Sendo que, nas situações históricas, o homem encontra propriamente a sua identificação existencial e, por isso mesmo, constituem uma fonte objectiva de deveres, é necessário, na vida moral, estar atento a estas situações. Segue-se daqui a importância que se deve dar na responsabilidade moral à virtude da vigilância. Em tais circunstâncias e situações é Deus que vem ao encontro da nossa consciência, à espera de uma resposta do homem. A virtude da vigilância levar-nos-á a estar atentos a essas vindas de Deus. - Ainda dentro destas situações históricas que comporta a existencialidade do homem, é necessário ter presente que elas mudam frequentemente, mudando com elas porventura os deveres morais que levam consigo. Segue-se daqui a necessidade de se evitar, na visão moral da vida, as absolutizações, sobretudo quando se tratar de normas muito concretas e imediatas. A esse nível, tudo pode mudar e ser diferente. Diferente, de um tempo para o outro. Diferente, de um lugar para o outro. Diferente, de uma pessoa para a outra. Tudo pode mudar. Só Deus e o homem, como portador da sua imagem, não mudam. Tudo o mais tem uma certa relatividade. Até as normas religiosas por mais sagradas que elas fossem. Recor– demos o critério evangélico: «Não é o homem por causa do Sábado, mas o Sábado por causa do homenw. 2. A nível de actividade pastoral - Não esquecendo, uma vez mais, que o homem é a primeira norma moral objectiva, na evangelização, não pode deixar de recordar-se sempre este ponto de referência aos fiéis, para orientação da sua vida moral. Deve apontar-se-lhes como tal o homem, mas mn homem que seja realmente concreto. O homem com a sua digni– dade, a sua liberdade, a sua vocação, os seus direitos fundamentais, a sua vida, o seu amor, com a sua existencialiade real. Sem isso, não há evangelização possível. - Sendo o homem a norma fundamental na actividade humana responsável, não deve começar-se nunca por falar de princípios, sejam eles de lei natural, lei eterna, lei divina ou lei humana. A grande e primeira lei divina, eterna e natural é o homem. Deus não pretende

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